A análise da dinâmica da cobertura do solo é fundamental para entender os padrões de uso e ocupação e, consequentemente, para selecionar as práticas de manejo visando a conservação dos recursos naturais. Assim, objetivou-se com este trabalho analisar a dinâmica espacial e temporal da cobertura do solo na microbacia e zona ripária do rio Águas Claras. Para a aquisição dos dados e elaboração dos mapas, foi utilizado o software QGIS 2.10.1 e imagens dos satélites Landsat 5 (1984 e 2006) e Landsat 8 (2022). A microbacia do rio Águas Claras tem área de 39,27 km2 e a zona ripária de 7,05 km2 , e em ambas áreas prevalecia a cobertura de floresta nativa no ano de 1984 (59,36% e 60,57% das áreas totais, respectivamente), e com o passar do tempo ocorreu o crescimento constante da área de agropecuária, também em ambas áreas, chegando a ocupar 82,94% e 64,68% de suas áreas totais, respectivamente, no ano de 2022. Diante do atual cenário (2022), recomenda-se a adoção de práticas integradas para conciliar o desenvolvimento das atividades agropecuárias a longo prazo e a conservação dos recursos naturais (solo e água), rumo ao desenvolvimento sustentável. Dentre as práticas destacam-se a recuperação da vegetação nativa na zona ripária que está ocupada com agropecuária, uso do componente florestal nos sistemas produtivos (exemplos: sistemas agroflorestais, silvipastoris, agrossilvipastoris e reflorestamentos) e adoção de práticas conservacionistas (exemplos: manutenção da cobertura do solo, plantio em contorno, terraceamento e cordões de vegetação permanente).
Ueliton Morande da Silva
Universidade Federal de Rondônia
Suelen de Oliveira
Universidade Federal de Rondônia
Juliane Batista Mendes de Alencar
Universidade Federal de Rondônia
João Ânderson Fulan
Universidade Federal de São Carlos
Karen Janones da Rocha
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
Emmanoella Costa Guaraná Araujo
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-4493-904X
Emanuel Fernando Maia de Souza
https://orcid.org/0000-0002-5493-2183
Wanderson Cleiton Schmidt Cavalheiro
Cavalheiro Engenharia Rural Empresarial LTDA
Jhony Vendruscolo
UNIR - Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0003-3043-0581
A análise de cobertura do solo é essencial para conhecer os impactos das atividades antrópicas sobre os recursos hídricos e escolher as práticas conservacionistas para reduzir os danos ambientais. Assim, objetivou-se com o presente estudo analisar a dinâmica espacial e temporal da cobertura do solo na microbacia e zona ripária do rio Gavião utilizando dados de imagens dos satélites Landsat 5 e Landsat 8. No período de 1984 a 2022, foi observado o decréscimo na área de floresta nativa (15,74 para 2,86 km2) e um aumento da área de agropecuária (10,67 para 22,55 km2) e da área urbana (0,00 para 0,57 km2) na microbacia. Na zona ripária, destacou-se a redução da área de floresta nativa de 1984 a 1997 (0,73 para 0,24 km2), aumento de 1997 a 2010 (0,24 para 0,58 km2) e redução de 2010 a 2022 (0,58 para 0,45 km2), e a dinâmica inversa para a área de agropecuária. No ano de 2022, a cobertura do solo era composta por 85,38% e 52,55% de agropecuária, 10,83% e 32,85% de floresta nativa, 2,16% e 0,73% de área urbana, 1,63% e 13,87% de água, na microbacia e zona ripária, respectivamente. A redução da área de floresta nativa diminui a qualidade e disponibilidade de água na região, sendo recomendado a recuperação da floresta nativa na zona ripária ocupada com agropecuária e em parte da microbacia, e práticas conservacionistas nos sistemas agropecuários.
Amanda dos Santos Ferreira
Universidade Federal de Rondônia
Marcia Cristiane Alves
Universidade Federal de Rondônia
Lilian Vanessa Silveira Oliveira
Universidade Federal de Rondônia
Joquebede dos Santos Miranda
Universidade Federal de Rondônia
Gustavo Neco da Silva
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-0596-2693
Karen Janones da Rocha
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
João Ânderson Fulan
Universidade Federalde São Carlos
https://orcid.org/0000-0003-0077-3129
Kenia Michele de Quadros Tronco
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Sylviane Beck Ribeiro
Universidade Federal de Rondônia
Jhony Vendruscolo
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0003-3043-0581
Os estudos relacionados à análise espacial e temporal da cobertura do solo são de grande importância para entender os impactos antrópicos sobre os recursos naturais e, posteriormente, propor práticas conservacionistas mais adequadas para mitigar os efeitos antrópicos sobre os ecossistemas, propiciando o aumento da sustentabilidade dos estabelecimentos agropecuários. Diante disso, este trabalho teve por objetivo analisar a dinâmica espacial e temporal da cobertura do solo na microbacia e zona ripária do rio Lagarto. Para a aquisição dos dados e elaboração dos mapas de cobertura de solo, foram utilizadas imagens dos satélites Landsat 5 (1984, 1997 e 2010) e Landsat 8 (2022), e o software QGIS 2.10.1. No período de 1984 a 2022 (38 anos), houve uma grande pressão sobre a floresta nativa, restando apenas 23,87% da área desta vegetação na microbacia e 24,32% na zona ripária, no último ano avaliado pela pesquisa. Em contrapartida, ocorreu o crescimento da agropecuária, chegando a ocupar, respectivamente, 75,42% e 71,89% das áreas totais da microbacia e zona ripária no ano de 2022. Conclui-se que o avanço excessivo da agropecuária tende a comprometer os recursos hídricos, e, consequentemente, o desenvolvimento sustentável. Recomenda-se a inserção do componente arbóreo nos sistemas produtivos (sistemas agroflorestais - SAFs, integração de Lavoura-Pecuária-Floresta - ILPF sistemas silvipastoris - SSP e reflorestamentos), e a recomposição da vegetação nativa na zona ripária que está ocupada com agropecuária. Também são recomendados estudos para avaliar a situação da vegetação nativa nas reservas legais, para ver se há a necessidade de recomposição.
Bruno Moraes da Silva
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0001-7730-5513
Maria Jhulia Cordeiro Santos
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0003-2272-6534
Ricardo de Oliveira
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0001-6375-8810
Cristiane de Jesus Oliveira
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-1343-4217
João Ânderson Fulan
Universidade Federal de São Carlos
https://orcid.org/0000-0003-0077-3129
Kenia Michele de Quadros Tronco
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Emmanoella Costa Guaraná Araujo
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-4493-904X
Marta Silvana Volpato Sccoti
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0001-5979-3218
João Marcelo Silva do Nascimento
Universidade Federal de Rondônia
Jhony Vendruscolo
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0003-3043-0581
As características da paisagem disponibilizam informações sobre as potencialidades e vulnerabilidade dos recursos naturais, auxiliando no planejamento de uso e ocupação do solo em busca da sustentabilidade. Assim, objetivou-se analisar as características da paisagem na microbacia do rio Corumbiarinha utilizando ferramentas como geotecnologias. A microbacia tem área de 20,87 km2, perímetro de 23,52 km, forma alongada, altitudes de 231 a 405 m, relevos planos a montanhosos, predominância de regiões com baixa influência na propagação de incêndios e aptas a extremamente aptas à mecanização (93,63% da área total), rede de drenagem de 56,82 km de comprimento, padrão dendrítico e hierarquia fluvial de 4ª ordem, 7,47 nascentes km-2, densidade de drenagem de 2,72 km km-2, coeficiente de manutenção de 367,3 m2 m-1, índice de sinuosidade de 38,87% e tempo de concentração de 3,06 h. A área de agropecuária e a área urbana cresceram no período de 1984 a 2022, e a área de floresta nativa foi reduzida na microbacia e zona ripária. Conclui-se que a microbacia do rio Corumbiarinha tem potencial para o desenvolvimento de atividades agropecuárias e expansão da área urbana, contudo, o avanço destas atividades sobre áreas frágeis, como as zonas ripárias, vão na contramão do desenvolvimento sustentável, por afetarem principalmente os recursos hídricos. Neste cenário, recomenda-se o isolamento da zona ripária e a recomposição da vegetação nativa desta região. Na área urbana, recomenda-se a criação de um Parque Municipal na zona ripária, incluindo uma pista de caminhada no perímetro desta.
Jhony Vendruscolo
João Ânderson Fulan
https://orcid.org/0000-0003-0077-3129
Kalline de Almeida Alves Carneiro
https://orcid.org/0000-0002-7477-2586
Elvino Ferreira
https://orcid.org/0000-0001-9174-8468
Eduardo Candido Franco Rosell
https://orcid.org/0000-0002-1380-6113
Emanuel Fernando Maia de Souza
https://orcid.org/0000-0002-5493-2183
Gustavo Neco da Silva
https://orcid.org/0000-0002-0596-2693
Karen Janones da Rocha
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
Kenia Michele de Quadros Tronco
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Nilson Reinaldo Fernandes dos Santos Junior
https://orcid.org/0000-0001-8607-368
Entender a dinâmica da cobertura do solo é essencial para o planejamento e a gestão ambiental possibilitando, dentre outras ações, a conservação dos recursos naturais e o desenvolvimento sustentável da região. Assim, objetivou-se analisar a dinâmica da cobertura do solo na microbacia e zona ripária do rio São Jorge. A microbacia tem área de 51,32 km2, em 1984 apresentava 73,03% da área coberta com floresta nativa e 26,97% com agropecuária, em 2008 apresentava 23,34% de floresta nativa e 76,66% de agropecuária, e no ano de 2022 apresentou 20,32% de floresta nativa, 79,56% de agropecuária e 0,12% de água. A zona ripária tem área de 5,8 km2, em 1984 apresentava 71,55% de sua área coberta com floresta nativa e 28,45% de agropecuária, em 2008 apresentava 42,41% de floresta nativa e 57,59% de agropecuária, e no ano de 2022 apresentou 45,17% de floresta nativa, 53,97% de agropecuária e 0,86% de água. Conclui-se que, no período de 1984 a 2022, a área de agropecuária avançou constantemente sobre a área de floresta nativa na microbacia, porém, na zona ripária, o avanço ocorreu até o ano de 2008, em seguida ocorreu o inverso. A área de água foi identificada somente no ano de 2022, devido a construção de tanques para piscicultura e/ou dessedentação de animais. É necessário recuperar a vegetação nativa na zona ripária e parte da microbacia para manter a disponibilidade e qualidade dos recursos hídricos.
Jhony Vendruscolo
João Ânderson Fulan
https://orcid.org/0000-0003-0077-3129
Kalline de Almeida Alves Carneiro
https://orcid.org/0000-0002-7477-2586
Eduardo Candido Franco Rosell
https://orcid.org/0000-0002-1380-6113
Elvino Ferreira
https://orcid.org/0000-0001-9174-8468
Emanuel Fernando Maia de Souza
https://orcid.org/0000-0002-5493-2183
Gustavo Neco da Silva
https://orcid.org/0000-0002-0596-2693
Karen Janones da Rocha
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
Nilson Reinaldo Fernandes dos Santos Junior
https://orcid.org/0000-0001-8607-3689
Emmanoella Costa Guaraná Araujo
https://orcid.org/0000-0002-4493-904X
Wanderson Cleiton Schmidt Cavalheiro
https://orcid.org/0000-0003-1356-851
The choice of species for the recovery of degraded areas in riparian forests is of paramount importance. Therefore, aspects such as the plasticity of the species in relation to different environments and the availability of seedlings for long periods must be taken into account. In this way, cloning meets these aspects, and can be the solution in the production of quality seedlings throughout the year. Therefore, the objective of this work was to verify the rooting and survival of cuttings of Ochroma pyramidale (Cav.) Urb. in parent plants at different ages. To carry out the experiment, 64 cuttings were prepared, all with a bevel cut and half of their leaves cut and after this procedure they were planted in a commercial substrate bed in a drained polyethylene tray, measuring 70 cm x 70 cm and sealed at the top with plastic film. The evaluation took place after 46 days, where the percentage of rooting, survival and mortality were evaluated. The design used was completely randomized and the data were submitted to analysis of variance and the means were compared by Tukey's test, using the software R 3.4.0. There was an average rooting rate of 25% in the cuttings, and in the cuttings of PM1, PM2 and PM3, aged between 270 and 150 days, they showed rooting capacity; while PM4 had no rooted cuttings. The rooting accounted for by matrices was as follows: PM1 (50%), PM2 (18.75%) PM3 (31.25%) and PM4 (0%). Cuttings with greater chronological age and greater diameter in our study had a higher percentage of rooting, which may be related to their lignification. The species O. pyramidale shows potential for clonal garden preparation by cuttings with 25% rooted cuttings and 60.9% survival without the use of phytoregulators.
Renan Fernandes Moreto
Federal University of Rondônia
https://orcid.org/0000-0001-8432-9388
Kenia Michele de Quadros Tronco
Federal University of Rondônia
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Riziely Moreira Magesky
Federal University of Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-1924-7391
Karen Janones da Rocha
Federal University of Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
Fatima C. M. Pinã-Rodrigues
Federal University of Sao Carlos
https://orcid.org/0000-0001-8713-448X
Emerson Viveiros
AES Brasil
https://orcid.org/0000-0002-0215-0585
Felipe Bueno Dutra
Universidade Federal de São Carlos
https://orcid.org/0000-0002-6280-7307
José Mauro Santana da Silva
Federal University of Sao Carlos
https://orcid.org/0000-0003-0662-4132
To measure the efficiency of Area Recovery Programs, several environmental indicators can be used. Therefore, the objective was to evaluate, through environmental indicators, the recovery in springs of the Igarapé D'Alincourt. The study was carried out in the municipality of Rolim de Moura, on line 180 on the south side, in four springs, and the selection criterion was the realization of the recovery in the springs in the year 2008 to 2011. For the evaluation, an on-site visit was carried out and the potential macroscopic parameters for field surveys were verified. There was a quantification of the macroscopic environmental indicators present in the APP's areas, and values were assigned: the closer to 5 maximum grade for the indicator group, the greater the quality of the evaluated and more preserved spring. The interaction matrix that attributes value to the indicator was used, being Good (6), Regular (3), Bad (1). The best performances for macroscopic indicators were found in springs N3, N1, N2 and N4, in descending order. The best environmental indicators of ecosystem recovery were found in N3, N1 and N2, with the lowest score being in N4. The studied springs N1 and N3 have good macroscopic and ecosystem recovery indicators, on the other hand, N2 and N4 have the lowest environmental indicators, which suggests an intervention to improve their environmental indicators of recovery.
Lindomar Alves de Souza
Federal University of Sao Calos
https://orcid.org/0000-0002-9992-4849
Kenia Michele de Quadros Tronco
Federal University of Rondônia
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Karen Janones da Rocha
Federal University of Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
Scheila Cristina Biazatti
Federal University of Rondônia
https://orcid.org/0000-0001-5017-9780
Marta Silvana Volpato Sccoti
Federal University of Rondônia
https://orcid.org/0000-0001-5979-3218
Riziely Moreira Magesky
Federal University of Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-1924-7391
Sylviane Beck Ribeiro
Federal University of Rondônia
https://orcid.org/0000-0003-4882-8213
Renan Fernandes Moreto
Federal University of Rondônia
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
José Mauro Santana da Silva
Federal University of Sao Carlos
https://orcid.org/0000-0003-0662-4132
Fatima C. M. Pinã-Rodrigues
Federal University of São Carlos
https://orcid.org/0000-0001-8713-448X
A Agricultura tem grande influência na economia rondoniense, mas o setor gera resíduos que podem ter diferentes destinações. E uma alternativa promissora para o destino final desses resíduos é o seu uso como substratos, minimizando assim impactos social, econômico e ambiental. O objetivo do trabalho foi avaliar os substratos obtidos a partir de diferentes concentrações resíduos agroindustriais, na germinação de Handroanthus serratifolius (Vahl) S. O. Grose. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados, cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos resultaram em diferentes combinações de areia e resíduo agroindustrial: T1 – 0%:100% (testemunha); T2 – 75%:25%; T3 – 50%:50 %; T4 – 25%:75%; e T5 – 0%:100%. Diariamente, foi avaliada a porcentagem de germinação (G%) e, após a estabilização da germinação aos 27 dias, foram calculados o índice de velocidade de germinação (IVG), tempo médio de germinação (TMG) e velocidade média de germinação (VMG) das sementes e as médias de germinação foram submetidas aos testes normalidade, homogeneidade a 5% de significância e análise de variância ao teste de Tukey (P ≥ 0,95). A porcentagem de germinação variou de 9% a 71%, e foi verificado 100% de sanidade das sementes e ausência de plântulas anormais. Verificou-se que o tratamento 2 apresentou diferença significativa entre os demais tratamentos, o substrato com os melhores resultados foi o T2 (G% = 71%; IVG =11; TMG = 17 dias; VMG = 0,0606 sementes.dia-1). O substrato com 25% resíduos + 75% areia destacou-se dos demais tratamentos, resultando nos melhores resultando na melhor germinação.
Carolina Rafaela Barroco Soares
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0003-2129-8670
Karen Janones da Rocha
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
Kenia Michele de Quadros Tronco
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
A identificação das características da paisagem auxilia o planejamento e gestão dos recursos naturais, tornando as tomadas de decisão mais fáceis e eficientes para o desenvolvimento sustentável da região. Assim, objetivou-se com este trabalho, disponibilizar informações sobre as características da paisagem da microbacia do rio Tucunaré. As informações foram obtidas por meio de sensoriamento remoto, utilizando software livres e imagens de satélite. A microbacia do rio Tucunaré tem área de 52,98 km2, perímetro de 37,27 km, forma alongada, altitudes de 287 a 571 m, predominância dos relevos ondulado e suave ondulado, predominância de área com baixa influência na propagação de incêndios e muito apta à mecanização agrícola, padrão de drenagem dendrítico de 6ª ordem, 15,16 nascentes km-2, densidade de drenagem de 4,33 km km-2, coeficiente de manutenção de 230,8 m2 m-1, índice de sinuosidade de 55,66% e tempo de concentração de 3,88 h. No período de 34 anos (1984 a 2022), houve grande redução da área de floresta nativa na microbacia (65,25% para 25,58% da área total) e na zona ripária (61,56% para 30,35% da área total), comprometendo o desenvolvimento sustentável da região. Conclui-se que a microbacia tem potencial para o desenvolvimento de atividades agropecuárias, porém, é necessário adotar uma série de medidas para reduzir o impacto destas atividades nos recursos naturais, incluindo a adoção de práticas conservacionistas nos sistemas produtivos e a recuperação da vegetação nativa nas áreas protegidas por lei (ex: zona ripária).
Maria Paula Oliveira da Silva
https://orcid.org/0000-0001-5437-4209
Jhony Vendruscolo
https://orcid.org/0000-0003-3043-0581
Nilson Reinaldo Fernandes dos Santos Junior
https://orcid.org/0000-0001-8607-3689
João Ânderson Fulan
https://orcid.org/0000-0003-0077-3129
Karoline Ruiz Ferreira
https://orcid.org/0000-0002-0104-0712
Gustavo Neco da Silva
https://orcid.org/0000-0002-0596-2693
Karen Janones da Rocha
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
Kenia Michele de Quadros Tronco
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Emanuel Fernando Maia de Souza
https://orcid.org/0000-0002-5493-2183
Elvino Ferreira
https://orcid.org/0000-0001-9174-8468
Francisco Adilson dos Santos Hara
https://orcid.org/0000-0002-3215-953X
As informações da paisagem de microbacias hidrográficas condizentes a hidrogeomorfometria e a dinâmica de cobertura da terra, são fundamentais para o planejamento e uso sustentável dos recursos naturais. Neste sentido, objetivou-se com o presente estudo, realizar a análise das características geométricas, topográficas, hidrográficas e a dinâmica temporal de cobertura da terra da microbacia do rio Boa Sorte. Para tal, foram utilizadas ferramentas geotecnológicas e equações consolidadas pela literatura especializada. A microbacia possui área de 19,73 km2, perímetro de 24,79 km, forma alongada, baixa susceptibilidade a enchentes do ponto de vista geométrico, altitudes entre 195 e 251 m, predominância de relevos suave ondulado e plano, rede de drenagem de 15,85 km, padrão dendrítico de 3ª ordem, baixa densidade de nascentes, média densidade de drenagem, canal principal muito reto, coeficiente de manutenção de 1.244,8 m2 m-1 e tempo de concentração de 3,2 h. Em 37 anos (1984 a 2021), constatou-se supressão contínua da cobertura de floresta nativa, de 18,92 km2 (95,9%) para 3,52 km2 (17,8%), principalmente para a implantação de sistemas agropecuários, os quais ocupam no ano de 2021 uma área de 16,00 km2 (81,1%). A microbacia apresenta potencial para o desenvolvimento da produção agropecuária, todavia, o avanço destes sistemas produtivos nas Áreas de Preservação Permanente, gera preocupações acerca da disponibilidade e qualidade dos recursos naturais em longo prazo, para atender as demandas das gerações futuras.
Nilson Reinaldo Fernandes dos Santos Júnior
https://orcid.org/0000-0001-8607-3689
Wanderson Cleiton Schmidt Cavalheiro
https://orcid.org/0000-0003-1356-8511
Marta Silvana Volpato Sccoti
https://orcid.org/0000-0001-5979-3218
Kenia Michele de Quadros Tronco
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Emanuel Fernando Maia de Souza
https://orcid.org/0000-0002-5493-2183
Karen Janones da Rocha
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
Francisco Adilson dos Santos Hara
https://orcid.org/0000-0002-3215-953X
Eduardo Ossamu Nagao
https://orcid.org/0000-0002-0601-6906
José das Dores de Sá Rocha
https://orcid.org/0000-0002-4308-9311
João Ânderson Fulan
https://orcid.org/0000-0003-0077-3129
João Marcelo Silva do Nascimento
https://orcid.org/0000-0001-6720-863X
Jhony Vendruscolo
https://orcid.org/0000-0003-3043-0581
The international market has recognized the high value of Tectona grandis L.f. plantations, requiring the development of reliable and accurate tools and techniques to quantify forest stocks accurately. In this study, we developed suitable equations to estimate the stem diameters and volume of Tectona grandis trees in the central-western region of Brazil, evaluating the stem form change points (FCPs) and testing the stratification of data as a measure to control their variation. The Schöepfer model was tested in the study of the FCPs of the stem, and single equation, segmented and variable-exponent taper functions were used to describe the stem profile. After the selection of the model for the taper, data stratification in the DBH classes, form parameter “r” and artificial form factor were proposed. The total volumes of each tree were calculated by integrating the Clark III et al. model. The FCPs of the Tectona grandis stems occurred at 28%, 57% and 73% of the total height, corresponding, on average, to the absolute positions of 6.4 m, 13.3 m and 16.5 m. The Clark III et al. equation, without stratification, was the most appropriate equation to estimate the diameters along the stem and the volume of Tectona grandis trees in the central-western region of Brazil.
Karen Janones da Rocha
Laboratório de Recuperação de Ecossistemas e Produção Florestal, Departamento Acadêmico de Engenharia Florestal, Fundação Universidade Federal de Rondônia, Rolim de Moura 76940-000, Brasil
César Augusto Guimarães Finger
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria 97105-900, Brasil
Cyro Matheus Cometti Favalessa
Faculdade de Engenharia Flroestal, Universidade Federal do Mato Grosso, Cuiabá 78060-719, Brasil
Sidney Fernando Caldeira
Faculdade de Engenharia Flroestal, Universidade Federal do Mato Grosso, Cuiabá 78060-719, Brasil
Frederico Dimas Fleig
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria 97105-900, Brasil
O objetivo deste estudo foi analisar a existência de grupos florísticos em fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual sob os efeitos da exploração madeireira seletiva localizada em Tapurah-MT. Os transectos foram subdivididos em cinco subunidades de 500 m². Para cada unidade amostral, foram consideradas todas as árvores com DAP maior ou igual a 10 cm. Nas subunidades amostrais estudadas, a matriz de vegetação foi composta pela densidade das 20 espécies de maior importância no fragmento. A presença de grupos florísticos foi verificada por meio de uma análise de agrupamento pelo método de associação de espécies. A distância euclidiana com a transformação de Hellinger foi usada como uma medida de similaridade entre os agrupamentos, e o método de ligação de Ward foi usado para a elaboração do dendrograma. O número de grupos foi estabelecido pelo coeficiente de Kendall e as correlações entre os grupos e as espécies foram avaliadas. Uma vez determinada a concordância, optou-se pelo número de grupos em que as espécies estavam correlacionadas. Foi verificado que as características auto-ecológicas das espécies, principalmente o tipo de dispersão do material propagado e o DAP médio, foram os principais responsáveis pela associação e similaridade das espécies dentro de cada grupo florístico.
Karen Janones da Rocha
http://orcid.org/0000-0002-2165-3081
Édila Cristina de Souza
Universidade Federal do Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brasil
https://orcid.org/0000-0001-5528-8804
Cyro Matheus Cometti Favalessa
Universidade Federal do Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brasil
https://orcid.org/0000-0002-6630-1979
Sidney Fernando Caldeira
Universidade Federal do Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brasil
https://orcid.org/0000-0001-6042-4313
Silvo Alves Rodrigues
Consultor Independendete em Engenharia Florestal, Cuiabá, MT, Brasil
https://orcid.org/0000-0001-9734-4907
Gilvano Ebling Brondani
Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG, Brasil
https://orcid.org/0000-0001-8640-5719
O planejamento para o uso sustentável dos recursos naturais tem como base as informações das características da paisagem. Diante do exposto, objetivou-se com o presente estudo, disponibilizar informações sobre as características hidrogeomorfométricas e dinâmica da cobertura do solo da microbacia do rio Confinamento. As informações foram obtidas por meio de uma combinação de geotecnologias e equações. A microbacia tem área de 20,04 km2, perímetro de 23,21 km, forma alongada, altitudes entre 194 e 233 m, predominância dos relevos suave ondulado e plano, 99,95% da área com baixa influência na propagação de incêndios, regiões moderadamente aptas a extremamente aptas à mecanização agrícola, rede de drenagem de 18,90 km, padrão de drenagem dendrítico, rios de 3ª ordem, baixa densidade de nascentes, média densidade de drenagem, canal principal muito reto, coeficiente de manutenção de 1.060,3 m2 m-1 e tempo de concentração de 4,48 h. No período de 1984 a 2021, a cobertura de floresta nativa foi suprimida para a implantação da agropecuária, restando apenas 13,67% da área total da microbacia e 57,24% da área total da zona ripária. Conclui-se que a microbacia tem potencial para o desenvolvimento da atividade agropecuária, entretanto, a supressão excessiva da vegetação nativa compromete a disponibilidade de recursos hídricos. Portanto, recomenda-se a adoção de estratégias integradas que incluam a recuperação e parte da vegetação nativa, principalmente na zona ripária, uso de práticas conservacionistas nos sistemas agropecuários e a inserção do componente arbóreo nos sistemas produtivos.
Henrique de Freitas Ramos
https://orcid.org/0000-0003-2003-6193
Felipe Maciel Sales
https://orcid.org/0000-0003-2381-3402
Nilson Reinaldo Fernandes dos Santos Junior
https://orcid.org/0000-0001-8607-3689
Wanderson Cleiton Schmidt Cavalheiro
https://orcid.org/0000-0003-1356-8511
João Ânderson Fulan
https://orcid.org/0000-0003-0077-3129
Gustavo Neco da Silva
https://orcid.org/0000-0002-0596-2693
Karen Janones da Rocha
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
Kenia Michele de Quadros Tronco
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Jhony Vendruscolo
https://orcid.org/0000-0003-3043-0581
Francisco Adilson dos Santos Hara
https://orcid.org/0000-0002-3215-953X
A gestão dos recursos naturais, visando o desenvolvimento sustentável, requer um planejamento eficiente, que pode ser obtido ao considerar as características da paisagem da microbacia hidrográfica. Assim, objetivou-se com este trabalho analisar as características hidrogeomorfométricas e a dinâmica de cobertura do solo da microbacia Rio da Paca, por meio de softwares gratuitos, técnicas de geoprocessamento e imagens de satélite. A microbacia tem área de 8,88 km2, perímetro de 17,79 km, fator de forma de 0,32, índice de circularidade de 0,35 (forma alongada) e coeficiente de compacidade de 1,67, altitudes de 225 a 303 m, predominância dos relevos suave ondulado e plano, 99,89% da área classificada como de baixa influência na propagação de incêndios e apta a extremamente apta à mecanização agrícola, rede de drenagem de 8,79 km, padrão de drenagem dendrítico de 3ª ordem, 0,90 nascentes km-2, densidade de drenagem de 0,99 km km-2, coeficiente de manutenção de 1.010,2 m2 m-1, índice de sinuosidade de 12,83 (canal muito reto) e tempo de concentração de 1,52 h. No período de 1984 a 2022, ocorreu o crescimento da área de agropecuária e a redução da área de floresta nativa na microbacia e na zona ripária. Conclui-se que a microbacia tem potencial para o desenvolvimento agropecuário, contudo, é necessário recuperar a vegetação nativa nas áreas protegidas por lei (ex: zona ripária) e adotar práticas conservacionistas nos sistemas agropecuários para mitigar o impacto antrópico e conservar os recursos naturais.
Gean Paulino Montagnolli
https://orcid.org/0000-0001-8724-5614
Kennedy Carvalho Santos
https://orcid.org/0000-0002-9953-8454
Nilson Reinaldo Fernandes dos Santos Junior
https://orcid.org/0000-0001-8607-3689
João Ânderson Fulan
https://orcid.org/0000-0003-0077-3129
Karen Janones da Rocha
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
Kenia Michele de Quadros Tronco
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Francisco Adilson dos Santos Hara
https://orcid.org/0000-0002-3215-953X
Karoline Ruiz Ferreira
https://orcid.org/0000-0002-0104-0712
Emanuel Fernando Maia de Souza
https://orcid.org/0000-0002-5493-2183
Elvino Ferreira
https://orcid.org/0000-0001-9174-8468
Kalline de Almeida Alves Carneiro
https://orcid.org/0000-0002-7477-2586
Gustavo Neco da Silva
https://orcid.org/0000-0002-0596-2693
Jhony Vendruscolo
https://orcid.org/0000-0003-3043-0581
As informações das características da paisagem em microbacias são fundamentais para o planejamento adequado do uso da terra. Diante disso, objetivou-se com esse trabalho analisar as características hidrogeomorfométricas e a dinâmica da cobertura do solo da microbacia do rio Sorriso, município de Vilhena/RO, utilizando geotecnologias e equações. A microbacia tem área de 6,21 km2, perímetro de 11,81 km, forma intermediária, baixa a média susceptibilidade a enchentes, altitudes de 253 a 332 m, predominância de relevo ondulado, 81,96% da área é classificada como de baixa influência na propagação de incêndios e apta a extremamente apta à mecanização agrícola, padrão de drenagem dendrítico de 5ª ordem, densidades de nascentes e drenagem muito alta, coeficiente de manutenção de 197,8 m2 m-1, canal principal reto e tempo de concentração de 1,25 h. No período de 1984 a 2022, ocorreu o crescimento da área de agropecuária, chegando a ocupar 90,98% da área total da microbacia e 85,92% da área total da zona ripária. Conclui-se que a microbacia tem potencial para o desenvolvimento das atividades agropecuárias, florestais e de piscicultura, contudo, o avanço excessivo da agropecuária sobre a floresta nativa na microbacia e sobre a zona ripária compromete os recursos hídricos, e, consequentemente, o desenvolvimento sustentável das atividades citadas. Assim, recomenda-se um planejamento integrado para conservar os recursos hídricos, por meio da recuperação da vegetação nativa na zona ripária e em parte da microbacia (exemplos: sistemas agroflorestais, agrossilvipastoris e reflorestamento), e adoção de práticas conservacionistas nos sistemas agropecuários.
Karen Vanessa Vieira de Jesus
https://orcid.org/0000-0002-7048-742X
Nilson Reinaldo Fernandes dos Santos Junior
https://orcid.org/0000-0001-8607-3689
Wanderson Cleiton Schmidt Cavalheiro
https://orcid.org/0000-0003-1356-8511
João Ânderson Fulan
https://orcid.org/0000-0003-0077-3129
Francisco Adilson dos Santos Hara
https://orcid.org/0000-0002-3215-953X
Gustavo Neco da Silva
https://orcid.org/0000-0002-0596-2693
Karen Janones da Rocha
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
Karoline Ruiz Ferreira
https://orcid.org/0000-0002-0104-0712
Emanuel Fernando Maia de Souza
https://orcid.org/0000-0002-5493-2183
Jhony Vendruscolo
https://orcid.org/0000-0003-3043-0581
As Áreas de Preservação Permanente (APPs) apresentam importância ecológica ímpar na manutenção da biodiversidade, proteção do solo e água, além de trazer diversos benefícios ecossistêmicos. Nestes ambientes, os estudos de morfometria das árvores permitem compreender aspectos silviculturais e ecológicos do desenvolvimento das espécies. Para tanto, a análise morfométrica foi realizada a partir do censo total das árvores da APP, com medição do diâmetro a altura do peito (d) maior/igual a cinco centímetros, altura (h), altura comercial (hc), altura de inserção da copa (hicv) e raios da copa. Posteriormente, foram calculados o comprimento (l), o diâmetro (dc), a proporção (Pc), o formal da copa (Fc), índice de saliência (IS), abrangência da copa (IA), e o grau de esbeltez (h/d). No censo, foram mensuradas árvores de 27 espécies florestais, que tiverem d e h médios de 10,14 cm e 8,4 m, respectivamente, o que caracteriza o povoamento como jovem. As árvores apresentaram mais de 60% da h ocupada pela copa, com dc médio de 4,55 m e IS médio de 0,47. A caracterização do fragmento florestal em seu estágio atual de desenvolvimento, por meio da morfometria, evidencia árvores com potencial para a produção de produtos não madeireiros, cobertura do solo e acúmulo de biomassa.
André de Paulo Evaristo
Universidade do Vale do Taquari
https://orcid.org/0000-0003-1874-5855
Lucas Henrique Vieira Lenci
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-3543-9422
Karen Janones da Rocha
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
César Augusto Guimarães Finger
Universidade Federal de Santa Maria
https://orcid.org/0000-0003-1622-2399
Kenia Michele de Quadros Tronco
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Para alcançar o desenvolvimento sustentável é necessário conhecer as características da paisagem, em seguida, identificar a aptidão econômica, selecionar práticas de manejo sustentáveis e conservar os recursos naturais. Assim, objetivou-se com o presente trabalho, obter informações sobre as características hidrogeomorfométricas e da cobertura do solo na microbacia do rio Cachimbo, Rondônia, Brasil. Os dados foram obtidos por meio de geotecnologias. A microbacia do rio Cachimbo tem área de 20,7 km2, perímetro de 34,07 km, forma alongada, altitudes variando de 224 a 320 m, predominância do relevo suave ondulado (55,31%), 96,14% da área classificada como de baixa influência na propagação de incêndios e apta a extremamente apta à mecanização agrícola, rede de drenagem de 20,23 km, padrão de drenagem dendrítico de 3ª ordem, 1,11 nascentes km-2, densidade de drenagem de 0,98 km km-2, coeficiente de manutenção de 1.023,2 m2 m-1, índice de sinuosidade de 15,4% e tempo de concentração de 3,56 h. No período de 1984 a 2022, ocorreu o avanço da área de agropecuária sobre a área de floresta nativa na microbacia e na zona ripária, chegando a ocupar 87% e 42,97% da área total, respectivamente. A microbacia tem potencial para o desenvolvimento de atividade florestais e agropecuárias, porém, é necessário adotar estratégias para conciliar o crescimento econômico com a conservação dos recursos naturais, como a adoção de práticas conservacionistas, recuperação da vegetação nativa nas área protegidas por lei, e inserção do componente arbóreo nos sistemas de cultivo.
Mariza Cades
Nilson Reinaldo Fernandes dos Santos Junior
https://orcid.org/0000-0001-8607-3689
João Ânderson Fulan
https://orcid.org/0000-0003-0077-3129
Elvino Ferreira
https://orcid.org/0000-0001-9174-8468
Emanuel Fernando Maia de Souza
https://orcid.org/0000-0002-5493-2183
Gustavo Neco da Silva
https://orcid.org/0000-0002-0596-2693
Karen Janones da Rocha
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
Kalline de Almeida Alves Carneiro
https://orcid.org/0000-0002-7477-2586
Jhony Vendruscolo
https://orcid.org/0000-0003-3043-0581
A identificação das características da paisagem auxilia o planejamento e gestão dos recursos naturais, tornando as tomadas de decisão mais fáceis e eficientes para o desenvolvimento sustentável da região. Assim, objetivou-se com este trabalho, disponibilizar informações sobre as características da paisagem da microbacia do rio Tucunaré. As informações foram obtidas por meio de sensoriamento remoto, utilizando software livres e imagens de satélite. A microbacia do rio Tucunaré tem área de 52,98 km2, perímetro de 37,27 km, forma alongada, altitudes de 287 a 571 m, predominância dos relevos ondulado e suave ondulado, predominância de área com baixa influência na propagação de incêndios e muito apta à mecanização agrícola, padrão de drenagem dendrítico de 6ª ordem, 15,16 nascentes km-2, densidade de drenagem de 4,33 km km-2, coeficiente de manutenção de 230,8 m2 m-1, índice de sinuosidade de 55,66% e tempo de concentração de 3,88 h. No período de 34 anos (1984 a 2022), houve grande redução da área de floresta nativa na microbacia (65,25% para 25,58% da área total) e na zona ripária (61,56% para 30,35% da área total), comprometendo o desenvolvimento sustentável da região. Conclui-se que a microbacia tem potencial para o desenvolvimento de atividades agropecuárias, porém, é necessário adotar uma série de medidas para reduzir o impacto destas atividades nos recursos naturais, incluindo a adoção de práticas conservacionistas nos sistemas produtivos e a recuperação da vegetação nativa nas áreas protegidas por lei (ex: zona ripária).
Maria Paula Oliveira da Silva
https://orcid.org/0000-0001-5437-4209
Jhony Vendruscolo
https://orcid.org/0000-0003-3043-0581
Nilson Reinaldo Fernandes dos Santos Junior
https://orcid.org/0000-0001-8607-3689
João Ânderson Fulan
https://orcid.org/0000-0003-0077-3129
Karoline Ruiz Ferreira
https://orcid.org/0000-0002-0104-0712
Gustavo Neco da Silva
https://orcid.org/0000-0002-0596-2693
Karen Janones da Rocha
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
Kenia Michele de Quadros Tronco
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Emanuel Fernando Maia de Souza
https://orcid.org/0000-0002-5493-2183
Elvino Ferreira
https://orcid.org/0000-0001-9174-8468
Francisco Adilson dos Santos Hara
https://orcid.org/0000-0002-3215-953X
A gestão dos recursos naturais, visando o desenvolvimento sustentável, requer um planejamento eficiente, que pode ser obtido ao considerar as características da paisagem da microbacia hidrográfica. Assim, objetivou-se com este trabalho analisar as características hidrogeomorfométricas e a dinâmica de cobertura do solo da microbacia Rio da Paca, por meio de softwares gratuitos, técnicas de geoprocessamento e imagens de satélite. A microbacia tem área de 8,88 km2, perímetro de 17,79 km, fator de forma de 0,32, índice de circularidade de 0,35 (forma alongada) e coeficiente de compacidade de 1,67, altitudes de 225 a 303 m, predominância dos relevos suave ondulado e plano, 99,89% da área classificada como de baixa influência na propagação de incêndios e apta a extremamente apta à mecanização agrícola, rede de drenagem de 8,79 km, padrão de drenagem dendrítico de 3ª ordem, 0,90 nascentes km-2, densidade de drenagem de 0,99 km km-2, coeficiente de manutenção de 1.010,2 m2 m-1, índice de sinuosidade de 12,83 (canal muito reto) e tempo de concentração de 1,52 h. No período de 1984 a 2022, ocorreu o crescimento da área de agropecuária e a redução da área de floresta nativa na microbacia e na zona ripária. Conclui-se que a microbacia tem potencial para o desenvolvimento agropecuário, contudo, é necessário recuperar a vegetação nativa nas áreas protegidas por lei (ex: zona ripária) e adotar práticas conservacionistas nos sistemas agropecuários para mitigar o impacto antrópico e conservar os recursos naturais.
Gean Paulino Montagnolli
https://orcid.org/0000-0001-8724-5614
Kennedy Carvalho Santos
https://orcid.org/0000-0002-9953-8454
Nilson Reinaldo Fernandes dos Santos Junior
https://orcid.org/0000-0001-8607-3689
João Ânderson Fulan
https://orcid.org/0000-0003-0077-3129
Karen Janones da Rocha
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
Kenia Michele de Quadros Tronco
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Francisco Adilson dos Santos Hara
https://orcid.org/0000-0002-3215-953X
Karoline Ruiz Ferreira
https://orcid.org/0000-0002-0104-0712
Emanuel Fernando Maia de Souza
https://orcid.org/0000-0002-5493-2183
Elvino Ferreira
https://orcid.org/0000-0001-9174-8468
Kalline de Almeida Alves Carneiro
https://orcid.org/0000-0002-7477-2586
Gustavo Neco da Silva
https://orcid.org/0000-0002-0596-2693
Jhony Vendruscolo
https://orcid.org/0000-0003-3043-0581
As florestas plantadas destacam-se no contexto da mitigação de gases de efeito estufa, pois são estoques renováveis que dão perenidade aos estoques de carbono. Objetivou-se quantificar o estoque de biomassa e carbono na parte aérea em plantio comercial de paricá (Schizolobium parahyba var. amazonicum) em Rolim de Moura, Rondônia. Selecionaram-se árvores distribuídas em cinco classes de diâmetro à altura do peito (DAP), definidas pelo inventário florestal. As árvores foram abatidas e tiveram os compartimentos fuste, casca, galhos e folhas separados. Para densidade básica, os maiores valores foram encontrados nas classes de DAP entre 19,4 e 28,2 cm (380 kg m-3 e 345 kg m-3). O plantio acumulou 41,94 Mg ha-1 de biomassa total e as classes intermediárias (10,6 até 19,4 cm) representaram 84% dessa biomassa. Em relação aos compartimentos, observou-se que tanto a biomassa quanto o teor de carbono acumulados foram crescentes na seguinte ordem: fuste > galho > folha > casca. A biomassa de fuste representou 72,2% do total estimado no plantio. O estoque de carbono total encontrado para o plantio foi em torno de 16,6 Mg ha-1, que foi distribuído em 74,9% para o fuste, 6,3% para casca, 10,4% para galhos e 8,3% para folhas. O plantio de paricá apresentou acúmulos consideráveis de biomassa e carbono e pode contribuir para programas de crédito de carbono.
André Henrique Bueno Neves
Programa de Pós-Graduação em Ciências de Florestas Tropicais, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus, AM, Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-0764-9403
Alaide Carvalho de Oliveira
Programa de Pós-Graduação em Ciências de Florestas Tropicais, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus, AM, Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-6993-0180
Geilton Costa Ataides
Universidade Federal de Rondônia, Rolim de Moura, RO, Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-8984-5573
Cássio Marques Moquedace dos Santos
Programa de Pós-Graduação em Solos e Nutrição de Plantas, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-7673-4524
Vinícius Lima Pereira
Universidade Federal de Rondônia, Rolim de Moura, RO, Brasil.
https://orcid.org/0000-0001-8299-1765
Luiz Fernando Pegorer de Aquino
Universidade Federal de Rondônia, Rolim de Moura, RO, Brasil.
Marta Silvana Volpato Sccoti
Universidade Federal de Rondônia, Rolim de Moura, RO, Brasil.
https://orcid.org/0000-0001-5979-3218
Kênia Michele de Quadros Tronco
Universidade Federal de Rondônia, Rolim de Moura, RO, Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Rafael Rodolfo de Melo
Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brasil.
https://orcid.org/0000-0001-6846-2496
Adriano Reis Prazeres Mascarenhas
Universidade Federal de Rondônia, Rolim de Moura, RO, Brasil.
http://lattes.cnpq.br/7050276331020244
As características da paisagem fornecem informações essenciais para o planejamento e a gestão ambiental dos recursos naturais, e, consequentemente, para o desenvolvimento sustentável. O objetivo do presente trabalho foi analisar as características hidrogeomorfométricas da microbacia do rio Anta Atirada utilizando geotecnologias e equações. A microbacia tem área de 328,56 km2, perímetro de 121,29 km, forma alongada, altitudes de 177 a 458 m, predominância de relevos suave ondulados e ondulados, 93,74% da área classificada como baixa influência na propagação de incêndios, 97,91% da área classificada como moderadamente apta a extremamente apta à mecanização agrícola, rede de drenagem de 775,47 km, padrão de drenagem dendrítico, rios de até 6a ordem (presença de rios médios e com baixa probabilidade e secarem), 1.103 nascentes, 3,36 nascentes km-2 (média), densidade de drenagem de 2,36 km km-2 (alta), coeficiente de manutenção de 423,7 m2 m-1, índice de sinuosidade de 44,47% e tempo de concentração de 18,93 h. A microbacia tem potencial para o desenvolvimento de agricultura (incluindo mecanizada na maior parte de sua área), olericultura, fruticultura, silvicultura, e recursos hídricos que podem ser utilizados em sistemas de irrigação e piscicultura. Considerando o importante papel da vegetação nativa nas funções ecohidrológicas, recomenda-se estudos relacionados com a dinâmica temporal e espacial da cobertura do solo na microbacia, para se identificar e delimitar áreas prioritárias para manutenção ou recuperação.
Thiago Henrique da Silva José
https://orcid.org/0000-0002-7788-5340
José Paulo de Farias Neto
https://orcid.org/0000-0003-3691-6910
Diogo Martins Rosa
https://orcid.org/0000-0003-3427-8353
Jhony Vendruscolo
Nilson Reinaldo Fernandes dos Santos Junior
https://orcid.org/0000-0001-8607-3689
João Ânderson Fulan
https://orcid.org/0000-0003-0077-3129
Wanderson Cleiton Schmidt Cavalheiro
https://orcid.org/0000-0003-1356-8511
Sueli Barbosa de Souza
https://orcid.org/0000-0003-3330-3094
Kenia Michele de Quadros Tronco
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Francisco Adilson dos Santos Hara
https://orcid.org/0000-0002-3215-953X
Estudos relacionados à análise espacial e temporal da cobertura do solo são importantes para a elaboração de políticas públicas de ordenamento territorial, permitindo compreender a dinâmica de ocupação dos territórios e como esta afeta os recursos hídricos de uma microbacia hidrográfica. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi realizar uma análise espaço-temporal e entender a dinâmica do uso do solo na microbacia do rio Anta Atirada. Foi utilizado o software QGIS 2.10.1 e imagens dos satélites Landsat 5 e Landsat 8 para gerar mapas de uso e ocupação do solo para os anos de 1995, 2005, 2015 e 2021. No período de 36 anos, houve a intensa supressão da floresta nativa na microbacia, restando apenas 17% da área ocupada por esta cobertura no último ano analisado. Na zona ripária, ocorreu o aumento da área antropizadas e a redução da área de floresta nativa no período de 1995 a 2005, porém, no período de 2005 a 2021 ocorreu o inverso, sendo observado o aumento da área da cobertura florestal (11,07 para 15,27 km2) e a redução da área antropizada (39,13 para 33,74 km2). Portanto, recomenda-se o monitoramento da cobertura florestal e recuperação das áreas degradadas para mitigar os impactos das ações antrópicas nos recursos naturais, principalmente nos recursos hídricos.
Sueli Barbosa de Souza
https://orcid.org/0000-0003-3330-3094
Kenia Michele de Quadros Tronco
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Thiago Henrique da Silva José
https://orcid.org/0000-0002-7788-5340
José Paulo de Farias Neto
https://orcid.org/0000-0003-3691-6910
Diogo Martins Rosa
https://orcid.org/0000-0003-3427-8353
Nilson Reinaldo Fernandes dos Santos Junior
https://orcid.org/0000-0001-8607-3689
João Anderson Fulan
https://orcid.org/0000-0003-0077-3129
Francisco Adilson dos Santos Hara
https://orcid.org/0000-0002-3215-953X
Gustavo Neco da Silva
https://orcid.org/0000-0002-0596-2693
Ketlen Faião Alves Maltezo
https://orcid.org/0000-0002-5659-400X
Scheila Cristina Biazatti
https://orcid.org/0000-0001-5017-9780
Karen Janones da Rocha
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
Wanderson Cleiton Schmidt Cavalheiro
https://orcid.org/0000-0003-1356-8511
Jhony Vendruscolo
https://orcid.org/0000-0003-3043-0581
A espécie Bixa orellana L. é nativa da Amazônia e tem grande apreciação no mercado devido às propriedades farmacológicas dos seus frutos. Porém, as pesquisas em relação a germinação e produção de mudas são incipientes. Objetivou-se avaliar a porcentagem de germinação com e sem escarificação mecânica de sementes de Bixa orellana L. associadas a substrato comercial ou areia. O ensaio foi conduzido em delineamento experimental inteiramente casualizado, em arranjo bifatorial 2x2, com quatro tratamentos e quatro repetições cada. Foram determinados a taxa de germinação e número de plântulas normais por tratamento. Além desses, foram avaliados o índice de velocidade de germinação, comprimento de raiz e de parte aérea, biomassa fresca e biomassa seca das mudas. A taxa de germinação e de plântulas normais e anormais foram expressos em porcentagem. Em relação aos demais parâmetros, os dados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott (p<0,01), sendo aplicada a matriz de correlação de Pearson (p<0,01) aos parâmetros avaliados. A taxa de germinação apresentou valores superiores em areia (83%) e em substrato comercial (82%) e índice de velocidade de germinação superior quando as sementes foram escarificadas. Verificou-se que a porcentagem de germinação foi maior quando utilizada a areia e quando as sementes foram escarificadas. Dessa forma, em condições de viveiro a escarificação foi favorável à germinação das sementes em ambos os substratos.
Ketlen Faião Alves Maltezo
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-5659-400X
Maúcha Fernanda Mota de Lima
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-1525-9555
Kenia Michele de Quadros Tronco
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Adriano Reis Prazeres Mascarenhas
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-7554-3590
The choice of species for the recovery of degraded areas in riparian forests is of paramount importance. Therefore, aspects such as the plasticity of the species in relation to different environments and the availability of seedlings for long periods must be taken into account. In this way, cloning meets these aspects, and can be the solution in the production of quality seedlings throughout the year. Therefore, the objective of this work was to verify the rooting and survival of cuttings of Ochroma pyramidale (Cav.) Urb. in parent plants at different ages. To carry out the experiment, 64 cuttings were prepared, all with a bevel cut and half of their leaves cut and after this procedure they were planted in a commercial substrate bed in a drained polyethylene tray, measuring 70 cm x 70 cm and sealed at the top with plastic film. The evaluation took place after 46 days, where the percentage of rooting, survival and mortality were evaluated. The design used was completely randomized and the data were submitted to analysis of variance and the means were compared by Tukey's test, using the software R 3.4.0. There was an average rooting rate of 25% in the cuttings, and in the cuttings of PM1, PM2 and PM3, aged between 270 and 150 days, they showed rooting capacity; while PM4 had no rooted cuttings. The rooting accounted for by matrices was as follows: PM1 (50%), PM2 (18.75%) PM3 (31.25%) and PM4 (0%). Cuttings with greater chronological age and greater diameter in our study had a higher percentage of rooting, which may be related to their lignification. The species O. pyramidale shows potential for clonal garden preparation by cuttings with 25% rooted cuttings and 60.9% survival without the use of phytoregulators.
Lindomar Alves de Souza
Federal University of Sao Calos
https://orcid.org/0000-0002-9992-4849
Renan Fernandes Moreto
Federal University of Rondônia
https://orcid.org/0000-0001-8432-9388
Kenia Michele de Quadros Tronco
Federal University of Rondônia
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Riziely Moreira Magesky
Federal University of Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-1924-7391
Karen Janones da Rocha
Federal University of Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
Fatima C. M. Pinã-Rodrigues
Federal University of Sao Carlos
https://orcid.org/0000-0001-8713-448X
Emerson Viveiros
AES Brasil
https://orcid.org/0000-0002-0215-0585
Felipe Bueno Dutra
Universidade Federal de São Carlos
https://orcid.org/0000-0002-6280-7307
José Mauro Santana da Silva
Federal University of Sao Carlos
https://orcid.org/0000-0003-0662-4132
O desmatamento na região amazônica vem crescendo muito nas últimas décadas, inclusive ilegalmente em Unidades de Conservação (UCs). E com intuito de reduzir o desmatamento, a legislação brasileira permite a criação de Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN). Em face do exposto, o presente trabalho objetivou avaliar a eficiência das RPPNs para a conservação da cobertura florestal no Estado de Rondônia, Amazônia Ocidental. Foram realizados os monitoramentos de nove RPPNs, com análises temporais da cobertura do solo utilizando imagens dos satélites Landsat 5 (sensor TM) e Landsat 8 (sensor OLI), referentes aos anos de criação de cada RPPN e ao ano atual (2018), e classificação supervisionada (técnica Máxima Verossimilhança). Para realizar a classificação, foram coletas de 50 a 60 pixels por classe de interesse (água, solo exposto, floresta e perímetro urbano) com uso do Training Sample Manager. Com base no monitoramento foi possível observar o aumento de ≈54% de cobertura florestal na maioria das RPPNs do Estado, e detectar a eficiência dessas áreas na regeneração e preservação da vegetação nativa. Entretanto, a eficiência das RPPNs ocorre principalmente em zonas rurais, visto que as zonas urbanas tendem a se expandir, ocupando inclusive parte das áreas das RPPNs, como observado no município de Pimenta Bueno. Portanto, conclui-se que as RPPNs são eficientes para controlar o desmatamento em zonas rurais, porém são necessárias mais informações para auxiliar o planejamento de estratégias visando o aumento da eficiência destas Unidades de Conservação, principalmente em áreas próximas ou dentro de zonas urbanas.
Micheli Leite Zanchetta
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-5120-3444
Diogo Martins Rosa
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental
https://orcid.org/0000-0003-3427-8353
Jhony Vendruscolo
Universidade Federal do Amazonas
https://orcid.org/0000-0003-3043-0581
Wanderson Cleiton Schmidt Cavalheiro
Cavalheiro Engenharia Rural e Empresarial LTDA
https://orcid.org/0000-0003-1356-8511
Karen Janones da Rocha
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
A análise dos potenciais e fragilidades dos recursos naturais é essencial para a elaboração do planejamento ambiental e, consequentemente, para o desenvolvimento sustentável. Assim, objetivou-se com o trabalho, analisar as características da paisagem da microbacia Rio das Garças, Amazônia Ocidental, Brasil. As características da paisagem foram analisadas por ferramentas de sensoriamento remoto e equações, e interpretadas de acordo com a literatura. A microbacia Rio das Garças tem área de 14,21 km2, perímetro de 21,1 km, forma alongada, altitudes de 260 a 349 m, relevos planos a forte ondulado, 77,83% da área classificada como de baixa influência na propagação de incêndios e apta a extremamente apta à mecanização agrícola, padrão de drenagem dendrítico, elevadas condições para habitação de peixes (5ª ordem de drenagem), densidade de nascentes muito alta (16,68 nascentes km-2), densidade de drenagem muito alta (4,62 km km-2), baixo coeficiente de manutenção (216,5 m2 m-1), índice de sinuosidade de 28,66% e baixo tempo de concentração (2,23 h). No período de 1984 a 2021, ocorreu a conversão de parte da área da floresta nativa para área de agropecuária, de modo que, esta última classe chegou a ocupar 51,23% da área da microbacia e 45,72% da área da zona ripária no último ano. A microbacia Rio das Garças tem potencial para o desenvolvimento de agropecuária, porém, é necessário recuperar a vegetação nativa na zona ripária e adotar práticas conservacionistas nos sistemas de produção para mitigar os impactos desta atividade nos recursos naturais.
Jhony Vendruscolo
Nilson Reinaldo Fernandes dos Santos Junior
https://orcid.org/0000-0001-8607-3689
Wanderson Cleiton Schmidt Cavalheiro
https://orcid.org/0000-0003-1356-8511
Renato Francisco da Silva Souza
https://orcid.org/0000-0001-8213-1722
Emanuel Fernando Maia de Souza
https://orcid.org/0000-0002-5493-2183
Karen Janones da Rocha
https://orcid.org/0000-0002-2165-3081
Rosalvo Stachiw
https://orcid.org/0000-0001-6901-3852
João Ânderson Fulan
https://orcid.org/0000-0003-0077-3129
Rondônia ocupa a terceira posição de unidades federativas com maioríndice de desmatamento até 2018, acarretandoenormes impactos para além de seu territórioe bioma. Entretanto, há pouco incentivo para que o produtor recupere a área degradada, incluindo a falta de valoração dos custos necessários para recuperar um hectare de área degradada nesse estado. Desta maneira, oobjetivo desse estudo foi estimar os custos para a recuperação de um hectare de área degradada em um cenário de médiadegradação, em cinco territórios de Rondônia: Território Zona da Mata (Rolim de Moura);Território Vale do Guaporé (São Francisco do Guaporé); Território Central (Ji-Paraná); Território Rio Machado (Cacoal) e Território Vale do Jamari (Ariquemes). A partir de lista de materiais e serviços necessários para a recuperação de área degradada, elaborada pela SEDAM-ERGA Rolim de Moura, realizou-se o levantamento dos custos, que foram dispostos em três grupos: A) Materiais; B) Serviços para preparo do solo e plantio; C) Mudas e sementes, e D) Manutenção do reflorestamento. A partir dos valores levantados, foi realizado o estudo descritivo dos dados, com e sem estratificação por itens e localidades. Em média, o valor para recuperação de um hectare degradado em Rondônia é de R$ 29.145,90, sendo que desse montante, 50,86% equivale ao grupo A, 24,86% ao grupo B, 19,69% ao grupo C e 4,59% ao grupo D. Independente do local, o valor de aquisição de mudas florestais foi alto, variando de 12,82% a 25,54% do montante. O valor de recuperação entre os municípios estudados variou 7,4%, com a ordem crescente para Rolim de Moura, Cacoal, Ariquemes, Ji-Paraná e São Francisco do Guaporé, com a variação de R$ 5.689,98 entre Rolim de Moura e São Francisco do Guaporé. O custo médio para arecuperação de área degradadapara Rondônia é considerado baixo, provavelmente pela ausência de serviços e mão-de-obra qualificada, mas que deve ser visto como uma vantagem, tornando a recuperação no estado mais acessível. Como o levantamento de custos foi realizado em municípios de 5 territórios estratégicos do estado, sendo que há 7 territórios, é possível utilizar esse valor para o preço médio de custos de recuperação para todo o Estado de Rondônia.
Kenia Michele de Quadros Tronco
Doutora em Engenharia Florestal
Universidade Federal de Rondônia - UNIR - Campus Rolim de Moura
Av. Norte Sul, 7300 - Nova Morada, Rolim de Moura - RO, 76940-000
José Neuton Alves de Oliveira
Engenheiro Florestal
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental - RO – SEDAMERGA Rolim de Moura
Av. 25 de Agosto, nº 4803, Rolim de Moura-RO, 76940-000
Karen Janones da Rocha
Doutora em Engenharia Florestal
Universidade Federal de Rondônia-UNIR-CampusRolim de Moura
Av. Norte Sul, 7300 -Nova Morada, Rolim de Moura -RO, 76940-000
Geremias Dourado da Cunha
Mestre em Ciências Ambientais
Docente da Secretaria de Estado da Educação – SEDUC/Ji-Paraná-RO
Gustavo Neco da Silva
Engenheiro Floresta
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental-RO –SEDAMERGA Rolim de Moura
Av. 25 de Agosto, nº 4803, Rolim de Moura -RO,76940-000
A gestão dos recursos hídricos é essencial para a manutenção do ecossistema na região amazônica, e pode ser realizada de forma eficaz se considerar as características da paisagem. O objetivo deste trabalho é caracterizar a paisagem da microbacia do rio Deusdedit, Amazônia Ocidental, Brasil. Foram utilizadas imagens dos satélites Alos (Sensor Palsar), Landsat 5 (1988, 1998 e 2008) e Landsat 8 (2018) e os softwares QGIS 2.10.1 (Pisa) e Google Earth. A microbacia Deusdedit detém uma área de 189,82 km2, perímetro de 82,26 km, forma alongada, não sujeita a enchentes, altitude média de 421 m, predomínio dos relevos suave ondulado e ondulado, rede de drenagem de 355,14 km, padrão dendrítico de quinta ordem, média densidade de drenagem, baixa densidade de nascentes, coeficiente de manutenção de 534,5 m2 m-1 , canal principal sinuoso e tempo de concentração de 11,55 h. O desflorestamento foi crescente na microbacia no período de 1988 a 2018, e na zona ripária de 1988 a 2008. As características da paisagem confirmam o potencial agrícola da região, contudo, é necessário a adoção de práticas de manejo conservacionista e recuperação florestal, principalmente na zona ripária, para conciliar a produção com a conservação dos recursos hídricos.
André Felipe Silva
Cavalheiro Engenharia Rural e Empresarial Ltda
Karoline Ruiz Ferreira
Ação Ecológica do Guaporé
Wanderson Cleiton Schmidt Cavalheiro
Cavalheiro Engenharia Rural e Empresarial Ltda
Ariane Cristine Rebelo Lima
Ação Ecológica do Guaporé
Karen Janones da Rocha
Universidade Federal de Rondônia
Eduardo Candido Franco Rosell
Universidade Federal de Rondônia
Jhony Vendruscolo
Universidade Federal do Amazonas
As características da paisagem indicam as fragilidades dos recursos naturais e o potencial de uso do solo. Diante do exposto, objetivou-se com este trabalho, fornecer informações sobre as características da paisagem na microbacia do rio Bambuzinho. Os dados foram adquiridos por meio de geotecnologias, imagens de satélite e equações consagradas na literatura. A microbacia tem área de 14,84 km2, perímetro de 22,16 km, forma alongada, altitudes de 297 a 491 m, predominância do relevo ondulado, 71,29% da área classificada como apta a extremamente apta a mecanização agrícola, rede de drenagem com padrão dendrítico, elevadas condições para habitação de peixes, densidade de nascentes muito alta, densidade de drenagem muito alta, canal principal sinuoso, coeficiente de manutenção de 202,5 m2 m-1 e tempo de concentração de 1,84 h. A área de floresta nativa foi reduzida constantemente no período de 1988 a 2018, restando apenas 12,87% de sua área total na microbacia e 14,70% em sua zona ripária. A microbacia tem potencial para o desenvolvimento de uso agropecuário, contudo, é necessário adotar práticas de manejo conservacionista do solo, recuperar a vegetação nativa na zona ripária ocupada por agropecuária e as áreas de Reserva Legal.
Jhony Vendruscolo
Universidade Federal do Amazonas
Carliza Luz da Silva
Universidade Federal do Amazonas
Wanderson Cleiton Schmidt Cavalheiro
Cavalheiro Engenharia Rural e Empresarial Ltda.
Nilson Reinaldo Fernandes dos Santos Junior
Universidade Federal de Rondônia
Kalline Almeida Alves Carneiro
Universidade Federal da Paraíba
Rosalvo Stachiw
Universidade Federal de Rondônia
Kenia Michele de Quadros Tronco
Universidade Federal de Rondônia
O presente trabalho teve por objetivo caracterizar a composição e a estrutura de espécies da flora arbórea ocorrentes em uma unidade de conservação de uso sustentável, a Floresta Nacional (FLONA) do Jamari, em Rondônia. A unidade de conservação está inserida no Bioma Amazônia, considerado como um dos biomasde maior biodiversidade. Os dados foram coletados em 17 parcelas de 50 x 100 m (8,5ha) onde avaliou-se a vegetação com DAP ≥ 10,0 cm. Gerou-se a composição florística, a diversidade pelo Índice de Shannon (H’) e equabilidade de Pielou (J), os parâmetros fitossociológicos e estoques por classe de DAP. Foram identificadas 151 espécies, distribuídas em 34 famílias. As famílias com maior riqueza foram Fabaceae, Moraceae e Lecythidaceae. A diversidade de espécies foi considerada alta e uniforme (H’ = 3,87; J = 0,77). Houve dificuldades na identificação das espécies florestais. Portanto, enfatiza-se a importância de investimentos em pesquisas voltadas para essa área. Protium robustum; Peltogyne paniculata; Pouteria torta, Tachigali spp., Eschweileraspp. e Ingaspp. representaram o maior percentual de valor de importância e estoques na floresta. O maior estoque em densidade de árvores, área basal e volume se concentrounas árvores com DAP < 50 cm. De forma geral, a FLONA do Jamari se configura como importante Unidade de Conservação para o estado de Rondônia e Brasil, por conter uma biodiversidade da flora arbórea amazônica considerável e de grande valor ecológico e comercial.
Renan de Lucena Kerber
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-7850-0617
Suelen Tainã Silva Fagundes
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0002-2187-2567
Cleidiane de Oliveira Satilho
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0003-0902-2807
Kenia Michele de Quadros Tronco
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Jhony Vendruscolo
Universidade Federal do Amazônas
https://orcid.org/0000-0003-3043-0581
Marta Silvana Volpato Sccoti
Universidade Federal de Rondônia
https://orcid.org/0000-0001-5979-3218
A etnobotânica é uma ciência interdisciplinar, onde reúne perspectivas diferentes e complementares sobre a relação entre as pessoas e os recursos vegetais. O objetivo geral deste estudo foi descrever o conhecimento ecológico local das plantas medicinais utilizadas ou de uso potencial, nas comunidades tradicionais da Resex Rio Preto Jacundá. As informações do estudo foram obtidas por meio da aplicação de formulário semiestruturado, metodologia SnowBall e coleta de dados em formato de lista livre. Foram aplicados 20 formulários e coletadas informações por meio de 194 citações, com indicações para 75 espécies diferentes. Quanto às partes das plantas mais utilizadas, temos o uso de casca (36,6%) e folhas (25,77%) e quanto à forma de preparo, obtivemos o predomínio da técnica de infusão (57,21%). Portanto, conclui-se que as populações tradicionais possuem amplo conhecimento sobre plantas para fins medicinais.
Leonardo Ribas Amaral
Universidade Federal de Rondônia, Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PGCA)
https://orcid.org/0000-0002-9348-6868
Sylviane Beck Ribeiro
Universidade Federal de Rondônia, Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PGCA)
https://orcid.org/0000-0003-4882-8213
Kenia Michele de Quadros Tronco
Universidade Federal de Rondônia, Departamento de Engenharia Florestal
https://orcid.org/0000-0003-0873-9582
Gilmara Yoshihara Franco
Universidade Federal de Rondônia, Departamento de História. Rondônia, Brasil
https://orcid.org/0000-0001-6094-9283
The Amazon Forest is represented not only by biological diversity, but also by cultural variety, appropriation, exploitation and management of natural resources. However, the Amazon rainforest has been undergoing vast destruction, without considering the various possible uses of forest. In this sense, this research aims to evaluate the socioeconomic aspects and the diversity of non-wood forest products (PFNMs) commercialized in open fairs situated in the Rio Machado Territory, Rondônia/Brazil. The research was carried out in four municipalities: Cacoal, Espigão do Oeste, Pimenta Bueno and Primavera de Rondônia. Data collection took place through interviews employing a semi-structured form, in which socioeconomic issues, PFNMs traded at fairs and supplier species were demanded. The Shanonn Index (H '), Sorensen Similarity (S) and the Importance Value (VI) for the species were generated. 41 fair dealers were interviewed. Labor force is predominantly familiar (92.68%) and the average monthly income from the commercialization of PFNMs was R$ 251.70 (reais), in which the main commercialized PFNM was the Brazil Nut (Castanha-do-pará – Bertholletia excelsa). Eleven forest species were cited, which indicated low species diversity (H’: 1.92), and it was verified a high similarity of PFNMs commercialized among the municipalities (S: 0.69). The species Brazil nut (Bertholletia excelsa), Açaí palm (Açaí – Euterpe oleracea) and Cupuaçu (Theobroma grandiflorum) showed higher indicating (VI), demonstrating that PFNMs commercialization is still concentrated in few species.
Dalvan Possimoser
Universidade Federal de Rondônia, Brasil
http://lattes.cnpq.br/2370803243127462
http://orcid.org/0000-0001-5338-7913
Sylviane Beck Ribeiro
Universidade Federal de Rondônia, Brasil
http://lattes.cnpq.br/2016815360741068
http://orcid.org/0000-0003-4882-8213
Marta Silvana Volpato Sccoti
Universidade Federal de Rondônia, Brasil
http://lattes.cnpq.br/8802033326043600
http://orcid.org/0000-0001-5979-3218
Kenia Michele de Quadros
Universidade Federal de Rondônia, Brasil
http://lattes.cnpq.br/2209314957208420
http://orcid.org/0000-0003-0873-9582
O mapeamento da castanha-do-pará na Amazônia é essencial para indicar seus padrões de distribuição em diferentes ecossistemas, além de ser útil para estimar o potencial produtivo da espécie. Este trabalho teve como objetivo avaliar a distribuição espacial das castanheiras do Brasil na Flona do Jamari - RO, considerando suas condições ambientais e topográficas. Um censo foi realizado para todas as árvores individuais de tamanho = 35 cm de diâmetro a 1,30 m de altura do peito (DAP) acima do solo de seis Unidades de Produção Anual (APU) na Unidade de Manejo Florestal III (UMF-III), uma área de 11.011,2 ha de Flona do Jamari, RO. DAP e localização geográfica (GPS) foram coletados para cada árvore. A estrutura e a distribuição do diâmetro foram avaliadas por abundância, densidade, dominância e frequência. O índice de Morisita foi utilizado para identificar o padrão de distribuição espacial. O ambiente foi definido pela altura relativa local encontrada ao longo da rede de drenagem, pelo modelo digital Height Above the Nearest Drainage (HAND). A maioria das árvores estava entre as classes intermediárias de DAP (60 a 140 cm), e apenas algumas eram árvores jovens (DAP < 50 cm). As castanheiras do Brasil apresentam uma distribuição espacial aleatória e um padrão de distribuição predominante de 'terra-firme (solo sólido)'. Essas informações sobre os padrões estruturais, espaciais e ecológicos das espécies servem como elementos-chave para estudos futuros sobre o potencial de produção.
Nilson Reinaldo Fernandes dos Santos Júnior
Universidade Federal de Rondônia
http://orcid.org/0000-0001-8607-3689
Diogo Martins Rosa
Faculdade de Rondônia
http://orcid.org/0000-0003-3427-8353
José das Dores de Sá Rocha
Universidade Federal de Rondônia
http://orcid.org/0000-0002-4308-9311
Marta Silvana Volpato Sccoti
Universidade Federal de Rondônia
http://orcid.org/0000-0001-5979-3218
Scheila Cristina Biazatti
Universidade Federal de Rondônia
http://orcid.org/0000-0001-5017-9780
Karen Janones da Rocha
Universidade Federal de Rondônia
http://orcid.org/0000-0002-2165-3081
As informações da paisagem denotam a aptidão do solo para o uso e ocupação humana. Assim, são essenciais para o planejamento e a gestão dos recursos naturais. Em face ao exposto, o objetivo do trabalho foi realizar a caracterização geométrica, topográfica e hidrográfica da microbacia do rio São Jorge, município de Cabixi/RO. Foram analisados os parâmetros geométricos, topográficos e hidrográficos, com os softwares Google Earth e QGIS 2.10.1, e imagem altimétrica do satélite Alos (Sensor Palsar). A microbacia do rio São Jorge tem área de 51,93 km2, perímetro de 40,97 km, fator de forma de 0,17, coeficiente de compacidade de 1,59, índice de circularidade de 0,39, altitudes de 83 a 579 m, predominância dos relevos suave ondulado (47,94%), ondulado (26,5%) e plano (18,48%), rede hidrográfica de 92,24 km, padrão dendrítico, 5ª ordem de drenagem, 3,20 rios km-2, densidade de drenagem de 1,78 km km-2, 3,20 nascentes km-2, índice de sinuosidade de 27,90%, coeficiente de manutenção de 563 m2 m-1 e tempo de concentração de 2,18 h. As informações das características hidrogeomorfométricas podem ser utilizadas para auxiliar na delimitação de áreas para aptidão agrícola e para conservação dos recursos naturais, assim como na seleção de práticas de manejo conservacionistas do solo e da água, visando a qualidade de vida da geração atual e das futuras gerações.
Fabricio Matheus Pimenta Pacheco
Jhony Vendruscolo
Henrique de Freitas Ramos
Antonio Augusto Marques Rodrigues
Wanderson Cleiton Schmidt Cavalheiro
Francisco Adilson dos Santos Hara
Karen Janones da Rocha
Gustavo Neco da Silva
O volume é uma das informações mais importantes para o conhecimento do potencial da floresta, sendo fundamental na avaliação do estoque de madeira em povoamentos florestais. Na região Amazônica, as grandes variações entre espécies e ambientes dificultam a obtenção do volume, pois devido essa heterogeneidade, torna-se trabalhoso e oneroso a determinação do volume real de madeira de cada indivíduo da floresta. Com intuito de permitir a determinação do potencial madeireiro da área com boa precisão e baixo custo, objetivou-se nesse trabalho selecionar modelos volumétricos comerciais para espécies florestais nativas em área de concessão florestal na Floresta Nacional do Jamari, Rondônia. O estudo foi realizado na UPA 6, UMF III, explorada em 2016. Foram cubadas pelo método de Smalian 40 árvores de seis espécies madeireiras (Apuleia leiocarpa (J. Vogel) J. F. Macbr, Astronium lecointei Ducke, Clarisia racemosa Ruíz & Pavon, Dipterix odorata (Aublet) Willd, Dinizia excelsa Ducke e Hymenolobium petraeum Ducke), para o ajuste de 13 modelos estatísticos. Para a seleção do modelo mais acurado utilizou-se das seguintes estatísticas de avaliação: coeficiente de determinação ajustado (R²aj.), erro padrão da média em percentagem (Syx%) e gráfico dos resíduos. Como resultado, os modelos de Spurr, Schumacher-Hall não linear e Schumacher-Hall logarítmizado apresentam a melhor acurácia, destacando o modelo de Schumacher-Hall não linear como o mais indicado para obter estimativa do volume comercial de espécies nativas da Flona do Jamari.
Scheila Cristina Biazatti
Universidade Federal de Rondônia
Departamento de Engenharia Florestal
Marta Silvana Volpato Sccoti
Universidade Federal de Rondônia
Departamento de Engenharia Florestal
Rômulo Môra
Universidade Federal de Mato Grosso
Faculdade de Engenharia Florestal
Karen Janones da Rocha
Universidade Federal de Rondônia
Departamento de Engenharia Florestal
O objetivo da pesquisa foi analisar o saber etnobotânico dos agricultores/as familiares associado à plantas medicinais no município de Rolim de Moura/RO. Foram coletadas informações de 30 produtores selecionados pela metodologia bola de neve. Utilizou-se o Fator de Consenso do Informante (FCI) e foram classificados os nomes das espécies por meio das famílias botânicas, suas indicações de acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), Nível de Fidelidade (FL) e Importância Relativa (IR). Foram citadas 136 espécies de plantas medicinais, distribuídas em 56 famílias. As plantas tiveram 901 citações e destas foi possível a identificação de 134 espécies, destacando-se as seguintes famílias: Asteraceae (20 espécies), Lamiaceae (17 espécies) e Fabaceae (7 espécies). As de maior número de citação foram Curcuma Longa L.(Açafrão), Mentha sp. (Hortelã), Cyimbopogon citratus Stapf. (Capim Cidreira) e Plectranthus barbatus Andrews (Boldo). Em relação ao FCI, as categorias com maiores valores foram: transtornos do sistema respiratório (FCI=0,70) e transtornos do sistema digestório (FCI=0,69). As que apresentaram valores de IR>1 foram: Curcuma Longa L. (Açafrão – IR=2,0) e Plantago major L.(Tanchagem – IR=1,64). Aos resultados de FL, destacaram-se as seguintes espécies: Pereskia grandifolia (Ora-pro-nobis – FL=80%), Sambucus australis, Malpighia glabra Linn, Phyllanthus niruri L., Petroselium crispum (Mill.) A.W.Hill,(Sabugueiro, Acerola, Quebra-pedra e Salsa – FL=66,67%) respectivamente. As folhas foram as partes da planta mais utilizadas (64,2%), sendo a infusão/chá (67,5%) o procedimento mais comum usado para preparar remédios caseiros. Conclui-se que este trabalho possibilitou maior compreensão acerca da origem dos saberes e das práticas sobre o uso terapêutico das plantas medicinais que além da constatação do uso destas plantas, elas assumem grande valor na vida destes produtores rurais.
Autores
Marcelo Santos Lopes
Universidade Federal de Rondônia, Brasil
http://lattes.cnpq.br/2256945022701089
http://orcid.org/0000-0003-4052-1276
Sylviane Beck Ribeiro
Universidade Federal de Rondônia, Brasil
http://lattes.cnpq.br/2016815360741068
http://orcid.org/0000-0003-4882-8213
Gilmara Yoshihara Franco
Universidade Federal de Rondônia, Brasil
http://lattes.cnpq.br/1914393246460112
http://orcid.org/0000-0001-6094-9283
Kenia Michele de Quadros Tronco
Universidade Federal de Rondônia, Brasil
http://lattes.cnpq.br/2209314957208420
http://orcid.org/0000-0003-0873-9582
As Estações de Tratamento de Água transformam a água bruta em água potável retirando as partículas indesejáveis através de processos físicos e químicos, gerando um lodo que pode ser altamente tóxico, com destinação incompatível com as diretrizes da Lei 12.305/2010, que prioriza a possibilidade de redução, reuso e reciclagem. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar as os atributos químicos do lodo de ETA e o seu potencial na germinação de sementes de Handroanthus impetiginosus (Mart. Ex) Mattos e de Eucalyptus camaldulensis Dehnh sob diferentes concentrações no substrato. O experimento foi conduzido em casa de vegetação na Universidade Federal de Rondônia, município de Rolim de Moura/RO no período de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019. As características físico-químicas do lodo foram avaliadas por empresa particular e o cultivo das espécies das espécies de ipê e eucalipto foi realizado em bandejas de polietileno drenadas com concentrações crescentes de lodo de ETA de 0%; 15%; 30%; 45% e 60% completadas com proporções iguais de solo + areia grossa. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com cinco tratamentos e quatro repetições cada. Diariamente, foi avaliada a porcentagem de germinação (G%) e após a estabilização da germinação, foram calculados o índice de velocidade de germinação (IVG), tempo médio de germinação (TMG) e velocidade média de germinação (VMG) das sementes. O lodo mostrou-se rico em nutrientes e matéria orgânica, o que pode contribuir com a aeração e retenção de água no substrato, favorecendo a germinação das sementes. Em todos os tratamentos com H. impetiginosus, houve germinação das sementes variando de 12,5% a 90,18%, onde as melhores porcentagens de germinação ocorreram nos tratamentos de maiores concentração de lodo de ETA. Considerando as médias de germinação de sementes, houve diferença significativa no tratamento com 45% de lodo que apresentou os melhores resultados (G% = 90,18%; IVG = 42,15; TMG = 4,40; VMG = 0,224 sementes.dias-1). Em relação ao E. camaldulensis, também houve germinação em todos os tratamentos, variando de 10,71% a 43,75%. Sendo a melhor porcentagem de germinação o tratamento com 15% de lodo (G% = 34,8%) e o tratamento T4 apresentou os melhores valores de IVG (9,32), TMG (4,72) e VMG (0,212 sementes.dias-1). O lodo de ETA apresenta elevadas concentrações de matéria orgânica, macro e micronutriente, portanto, pode contribuir na germinação e crescimento de mudas se for utilizado em concentrações de até 45% de lodo de ETA incorporado a solo e areia.
Geremias Dourado da Cunha
Universidade Federal de Rondônia, Brasil
http://lattes.cnpq.br/1897564799872972
http://orcid.org/0000-0002-3172-5536
Rosalvo Stachiw
Universidade Federal de Rondônia, Brasil
http://lattes.cnpq.br/1646641940410936
http://orcid.org/0000-0001-6901-3852
Kenia Michele de Quadros
Universidade Federal de Rondônia, Brasil
http://lattes.cnpq.br/2209314957208420
http://orcid.org/0000-0003-0873-9582
O consumo humano de água potável constitui uma das ações de saúde pública de maior impacto na prevenção de doenças e dos índices de mortalidade infantil, e caso não atenda aos padrões de potabilidade seu consumo precisa ser evitado. Sendo assim, o presente trabalho teve por objetivo avaliar os parâmetros físico-químicos e microbiológicos da água de poços amazônicos em propriedades rurais na comunidade de Rolim de Moura do Guaporé/RO. As coletas foram realizadas em seis poços nas propriedades rurais da referida comunidade e uma coleta em um poço de uma escola localizada na zona urbana do distrito. A metodologia utilizada seguiu as normas do APHA (2012), com avaliação de temperatura e oxigênio dissolvido in loco e os parâmetros pH, condutividade, cor, dureza, sódio e potássio, nitrato, nitrito e análises microbiológicas foram realizadas no Laboratório de Águas da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Os parâmetros que não atenderam os requisitos da Portaria nº. 2.914/2011 foram: pH (correspondendo a 85,7% das amostras), condutividade (14,28% das amostras indicam que está acima dos valores de águas naturais), E. coli (85,7% das amostras), Termotolerantes (100% das amostras); os demais parâmetros apresentaram em conformidade com a legislação. Tendo em vista os resultados encontrados a contaminação da água dos poços rurais constitui um grave problema à saudade dos moradores, que ao utilizarem a água em condições inadequadas estarão expostas a riscos e enfermidades veiculadas pela água.
Geremias Dourado da Cunha
Universidade Federal de Rondônia campus Rolim de Moura/RO
David Braga de Castro
Universidade Federal de Rondônia campus Rolim de Moura/RO
Andressa Viana dos Santos
Universidade Federal de Rondônia campus de Rolim de Moura, Rondônia.
Núbia Deborah Araújo Caramello
Secretaria de Estado da Educação, Governo de Rondônia.
Rosalvo Stachiw
Universidade Federal de Rondônia campus de Rolim de Moura, Rondônia.
Kenia Michele de Quadros Tronco
Universidade Federal de Rondônia campus de Rolim de Moura, Rondônia.
Restorations of anthropogenically degraded ecosystems present a relative demand for information that influences the success of the project. Environmental analysis, with the interface of ethnobotany and the management of the rural producer with the plants that make up these areas can make the experiments successful. We aimed verify the environmental perception and ethnobotany in the area of permanent preservation (PPA) restored in the Western Amazon. Data were collected through semi-structured and open interviews, direct observation, life history and walks-in-the-woods and participant observations. The restoration takes place nine years ago and was implemented to comply with environmental legislation. Currently the revegetation area serves as an ecological corridor, animal shelter and protection of local water resources, and has been evaluated positively given the environmental importance for the region. The most represented botanical families were Fabaceae and Meliaceae their products are considered sources of food and medicines. The revegetation in the area provides shading, which favors the volume of the water course and also influencing the local microclimate.
ANDRÉ DE PAULO EVARISTO
Engenheiro Florestal. SEDUC. Rondônia. Brasil
LUCAS HENRIQUE VIEIRA LENCI
Engenheiro Florestal. UNIR. Rondônia. Brasil
ALAIDE OLIVEIRA CARVALHO
PPGCFA da UFAM. Amazonas. Brasil
KENIA MICHELE DE QUADROS TRONCO
Dra. Departamento de Engenharia Florestal. UNIR. Rondônia. Brasil
MARIA CORETTE PASA
Ph.D. PPGCFA. Cuiabá. MT
Restorations of anthropogenically degraded ecosystems present a relative demand for information that influences the success of the project. Environmental analysis, with the interface of ethnobotany and the management of the rural producer with the plants that make up these areas can make the experiments successful. We aimed verify the environmental perception and ethnobotany in the area of permanent preservation (PPA) restored in the Western Amazon. Data were collected through semi-structured and open interviews, direct observation, life history and walks-in-the-woods and participant observations. The restoration takes place nine years ago and was implemented to comply with environmental legislation. Currently the revegetation area serves as an ecological corridor, animal shelter and protection of local water resources, and has been evaluated positively given the environmental importance for the region. The most represented botanical families were Fabaceae and Meliaceae their products are considered sources of food and medicines. The revegetation in the area provides shading, which favors the volume of the water course and also influencing the local microclimate.
Autores
André de Paulo Evaristo
Engenheiro Florestal. SEDUC. Rondônia. Brasil.
Lucas Henrique Vieira Lenci
Engenheiro Florestal. UNIR. Rondônia. Brasil.
Alaide Oliveira Carvalho
PPGCFA da UFAM. Amazonas. Brasil.
Kenia Michele de Quadros Tronco
Dra. Departamento de Engenharia Florestal. INIR. Rondônia. Brasil.
Maria Corette Pasa
Ph.D. PPGCFA. Cuiabá. MT.
A possibilidade de utilização de espécies nativas em maior escala, tanto para fins comerciais quanto para a revegetação de áreas degradadas depende da disponibilidade de sementes bem como o domínio dos métodos de produção de mudas de qualidade. Desta maneira, técnicas como a miniestaquia podem ser otimizadas para a propagação em massa de espécies florestais endêmicas da Amazônia. O objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial de formação de mudas clonais por meio da miniestaquia para as espécies Myracrodruon urundeuva Allemão, Jacaranda mimosifolia D. Don. As miniestacas foram avaliadas aos 60 dias quanto a produtividade de miniestacas, sobrevivência das miniestacas inalteradas e o percentual de enraizamento. Os dados foram analisados de forma descritiva. Foram obtidas o total de 40 minicepas e 618 miniestacas das espécies selecionadas. A espécies Myracrodruon urundeuva Allemão, Jacaranda mimosifolia D. Don apresentaram indução de brotações epicórmicas aptos a coletas 15 dias após a poda de formação. A técnica de miniestaquia pode ser considerada eficiente na produção de propágulos, visando a propagação clonal para essas espécies, pois ambas as espécies apresentaram boa produtividade de material propagativo. A espécie M. urundeuva não apresentou enraizamento, sendo que o J. mimosifolia apresentou capacidade de enraizamento, mesmo sem o uso de fitorreguladores.
Alaíde de Oliveira Carvalho
Bacharel em Engenharia florestal
Universidade Federal do Amazonas
Mestranda do Programa de pós graduação em ciências florestais e ambientais
Av. General Rodrigo Octavio Jordão Ramos, 1200 - Coroado I, Manaus - AM, 69067-005
André Henrique Bueno Neves
Bacharel em Engenharia florestal
Universidade Federal do Amazonas
Mestrando do Programa de pós graduação em ciências florestais e ambientais
Av. General Rodrigo Octavio Jordão Ramos, 1200 - Coroado I, Manaus - AM, 69067-005
Kenia Michele de Quadros Tronco
Doutora em Engenharia florestal
Universidade Federal de Rondônia. Departamento de Engenharia Florestal
Av. Norte Sul, 7300 - Nova Morada, Rolim de Moura - RO, 76940-000.)
A cobertura florestal é essencial para a manutenção da qualidade e disponibilidade dos recursos hídricos, portanto, as zonas ripárias degradadas devem ser recuperadas. O objetivo deste estudo foi avaliar a recuperação de zonas ripárias nas microbacias dos rios D’Alincourt e Manicoré, município de Rolim de Moura/RO, Brasil. A área 1 tem 1,30 ha, e um enriquecimento florestal com 655 mudas de espécies arbóreas nativas, realizado em 04/12/2014. A área 2 tem 0,17 ha, e um plantio de 1.500 mudas de espécies arbóreas nativas, realizado em 04/12/2013. A área 3 tem 0,18 ha, e um plantio de 890 mudas de espécies arbóreas nativas, realizado em 15/12/2013. A avaliação nas zonas ripárias foi realizada 36 meses após o plantio na área 1 e 48 meses nas áreas 2 e 3, com um índice de qualidade, composto por indicadores relacionados a cobertura florestal, erosão hídrica e atributos dos solos. Os valores de referência dos indicadores foram obtidos na literatura, e os pesos mensurados com análise de componentes principais, utilizando os autovalores. As três zonas ripárias têm níveis de qualidade semelhantes, considerados médios (≈ 3), e como principais limitantes os atributos P > matéria orgânica > K+ = Ca2+ > pH = saturação por bases > CTC efetiva > soma de bases. Para melhorar a qualidade das zonas ripárias recomenda-se a aplicação de 2,69 t ha-1 de calcário calcítico na área 1, 2,10 t ha-1 na área 2 e 1,52 t ha-1 na área 3, 50 g planta-1 ano-1 de P2O5, 50 g planta-1 ano-1 de K2O, 60 g planta-1 ano-1 de nitrogênio (ou o plantio anual de Pueraria phaseoloides), e a adoção de práticas de manejo conservacionista para prevenir e/ou mitigar os problemas com erosão hídrica. Nas três áreas é importante realizar a análise de solo anualmente, para monitorar a fertilidade do solo e planejar as futuras recomendações de corretivos e fertilizantes, até a recuperação das coberturas florestais nas zonas ripárias.
Mikaely Custódio do Nascimento
Universidade Federal de Rondônia
Departamento de Engenharia Florestal
Jhony Vendruscolo
Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
Professor Doutor do Departamento de Engenharia Agrícola e Solos, Manaus, Amazonas, Brasil.
Wanderson Cleiton Schmidt Cavalheiro
Cavalheiro Engenharia Rural e Empresarial LTDA
Mestre em Ciências Ambientais, Departamento de Pesquia e Extensão, Grupo de Pesquisa em Geoprocessamento e Meio Ambiente – GEOMA, Rolim de Moura, Rondônia, Brasil
Kenia Michele de Quadros Tronco
Universidade Federal de Rondônia
Departamento de Engenharia Florestal, Grupo de Pesquisa em Geoprocessamento e Meio Ambiente – GEOMA
O objetivo deste trabalho foi analisar a morfométrica e a dinâmica de desmatamento na microbacia do rio D’Alincourt, Amazônia Ocidental. Foram calculados os parâmetros geométricos de relevo e drenagem utilizando dados altimétricos do projeto SRTM. A dinâmica de cobertura do solo foi calculada pela diferença do índice de vegetação em intervalos de dez anos, utilizando imagens dos satélites Landsat 5 e 8. A microbacia tem área de 5.867,61 ha, perímetro de 49,77 km, fator de forma de 0,16, índice de circularidade de 0,34, coeficiente de compacidade de 1,82, altitude de 210 m a 419 m, predomínio de relevo suave ondulado, drenagem dendrítica com 135,83 km, 4ª ordem, densidade de drenagem de 2,02 km km-2, índice de sinuosidade de 1,80 e tempo de concentração de 7,25 h. O desmatamento acumulado na microbacia até 2005 foi de 75,96%, porém em 2015 houve um aumento de 4,47% de cobertura florestal.
André Felipe Silva
Kenia Michele de Quadros
Jhony Vendruscolo
José Neuton de Oliveira
Wanderson Cleiton Cavalheiro Schmidt
Diego Martino
Rosalvo Stachiw
O lodo gerado pelas estações de tratamento de água é o resíduo formado durante o processo de transformação da água bruto em água potável por meio dos processos de coagulação, floculação decantação e filtragem. Este resíduo de características tóxicas, portanto, tem sua destinação compatível com as diretrizes da PNRS - Lei 12.305/2010, priorizando a possibilidade de redução, reuso e reciclagem. Assim, o presente trabalho tem por objetivo fazer uma revisão sobre o lodo gerado pelas Estações de Tratamento de Água, e sugerir alternativas de reutilização deste resíduo de forma ambientalmente correta. Este trabalho foi construído por meio de revisão bibliográficas, com objetivo de descrever a problemática do lodo e ETA e sugerir meios ambientalmente correto para destinação deste resíduo. Dentre as alternativas, podemos destacar a utilização do lodo em solos agrícolas, cujas melhorias são estruturais do solo; ajuste de pH; adição de traços de minerais; aumento da capacidade de retenção de água e melhoria das condições de aeração do solo. Na produção de mudas, pode contribuir para o fornecimento de nutrientes e matéria orgânica para planta. Outras destinações ainda podem ser adotadas, como produção de cerâmica lançamento na rede de esgoto doméstico ou em aterro sanitário. Tendo em vista as restrições da legislação para lançamento dos resíduos de ETAs em corpos d’água, o volume de água perdido e os impactos ambientais associados a essa prática, há uma crescente necessidade de proporcionar uma destinação adequada ou um uso produtivo a esses resíduos, minimizando também a quantidade de subproduto gerado. Deste modo, é necessário um estudo da disposição final adequada deste resíduo a fim de contribuir para a minimização dos impactos ambientais evitando que o lodo seja lançado in natura nos corpos hídricos.
Geremias Dourado da Cunha
Universidade Federal de Rondônia, Brasil
http://lattes.cnpq.br/1897564799872972
http://orcid.org/0000-0002-3172-5536
Jerri Adriano Vieira Lima
Universidade Federal de Rondônia, Brasil
http://lattes.cnpq.br/3607713824499216
Rosalvo Stachiw
Universidade Federal de Rondônia, Brasil
http://lattes.cnpq.br/1646641940410936
http://orcid.org/0000-0001-6901-3852
Kênia Michele de Quadros Tronco
Universidade Federal de Rondônia, Brasil
http://lattes.cnpq.br/2209314957208420
http://orcid.org/0000-0003-0873-9582
This study was conducted in one region of a Seasonal Semideciduous Forest located in Tapurah (Mato Grosso State, Brazil) with the aim of studying its floristic and structural composition. The fixed area method was applied to 10 × 250 m clusters, allocating and measuring five clusters with five subunits of 500 m² each. Species with a diameter at breast height greater than or equal to 10 cm were considered, and the sample sufficiency of the floristic survey was verified by a species accumulation curve. The similarities between the sample subunits were calculated by the Jaccard Similarity Index, and the species diversity with the Shannon Diversity Index and Pielou Evenness Index. The horizontal vegetation structure was characterized by density, frequency, dominance and the values of ecological importance, and diametric distribution were assessed by the Spiegel procedure. The families Vochysiaceae, Fabaceae and Sapindaceae were highly represented, and Qualea paraensis, Aspidosperma discolor and Matayba arborescens were the most important species. A high diversity and low ecological dominance were found, and the diametric structure of the trees presented a negative exponential distribution. In general, the structure, floristic composition and richness of vegetation correspond to a forest with stable and autoregenerative community after selective logging.
Karen Janones da Rocha
Universidade de São Paulo
Édila Cristina de Souza
Universidade Federal de Mato Grosso
Cyro Matheus Cometti Favalessa
Universidade Federal de Santa Maria
Sidney Fernando Caldeira
Universidade Federal de Mato Grosso
Diego Tyszka Martinez
Universidade Federal de Mato Grosso
Gilvano Ebling Brondani
Universidade Federal de Mato Grosso / Universidade Federal de Lavras
Swietenia macrophylla King cultivation is made difficult by the shoot borer action. Thus, the objectives of this research were to evaluate the development of the species in a homogeneous plantation in south western Mato Grosso State, Brazil, and to evaluate if the region could act as an escape area from the action of Hypsipyla grandella Zeller. 150 S. macrophylla seedlings were planted in 3.0 m x 3.0 m row spacing, distributed into four 21 trees blocks, in addition to the border. Five months after planting, the survival and diameter at ground level were measured. Periodically, until 152 months of age, density, diameter at breast height, total height and commercial height were measured, and the average cross-sectional area and basal area were determined. In addition, each tree was rated by stem shape and health. At 152 months, with 53.6% survival, the average rates and coefficient of variation were 20.6 cm (4.7%), 16.3 m (4.3%), 5.5 m (6.4%), 0.0346 m2 tree-1 (9.3%) and 20.5295 m2 ha-1, respectively, and over 50% of the trees had a straight stem with or without branches. Mortality was due to abiotic causes, and no crop health problems were recorded. The region shows potential for S. macrophyla growth and may be considered as an escape area from the Hypsipyla grandella Zeller borer.
Karen Janones da Rocha
PHD Student in Forestry Engineering. UFSM - Universidade Federal de Santa Maria. Av. Roraima, 1000 – Cidade Universitária – Camobi -97105-900 – Santa Maria, RS, Brasil.
Sidney Fernando Caldeira
Professor at Forestry Engineering Department. UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso. Av. Fernando Correa da Costa s/n - Coxipó - 78068-000 - Cuiaba, MT, Brasil.
Gilvano Ebling Brondani
Professor at Departament of Forestry Science. UFLA - Universidade Federal de Lavras. Caixa Postal 3037 - Campus Universitário - 37200000 - Lavras, MG, Brasil.