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Outros nomes populares: Abacate, abacado, abacateiro, loiro-abacate, louro-abacate, pêra-abacate (Romam et al, 2017).
Ordem: Laurales (Romam et al, 2017).
Família: Lauraceae (Bauab, 2013; Duarte 1998).
Origem: México e a América Central (Bauab, 2013; Duarte, 1998).
Características principais: Seu porte pode chegar de médio a elevado, alcançando até 20 metros de altura (Bauab 2013; Duarte 1998). Atualmente encontra-se disperso em quase todas as zonas tropicais e subtropicais, mas de forma econômica é cultivado apenas no sul dos EUA, África do Sul, Havaí, Israel, Austrália e Brasil. O fruto possui características nutricionais atrativas (Amado, 2016), sendo utilizado de diversas formas na culinária.
Tronco: É pouco reto, cilíndrico e lenhoso com coloração cinza escuro no tronco e galhos. As cascas são espessas, suberosas e recortadas (Pereira, 2015).
Folha: São sem estípulas, de pecíolo curto e alternadas e podem ter vários formatos como elíptico-lanceoladas, oblongas, oblongo-lanceoladas ou ovais. A cor da folha vai de bronzeada, quando nova, e, aos poucos, vai esverdeando (Pereira, 2015).
Flor: O abacateiro possui dois tipos de inflorescência, terminal ou subterminal. Com flores numerosas e hermafroditas, com coloração verde-amarela. Não apresenta corola e o cálice é formado por 6 segmentos do perianto, dispostos em dois verticilos unidos em sua base, sendo o verticilo mais interno maior que o externo. Os estames são em números de doze distribuídos em 4 séries de 3, sendo nove funcionais e os demais são estaminódios. Com anteras tetra loculares, o ovário unicarpelar, unilocular e súpero com estigma simples e estilo piloso, envolvido pelos estaminódios (Oliveira, 2006).
Sementes: são monoembriônicas e exalbuminosas (Duarte, 1998).
Fruto: Possui epicarpo delgado, mesocarpo carnoso e endocarpo papiráceo e delgado, aderido ao tegumento da semente, contendo uma única semente. Cor verde, marrom ou levemente violáceo, polpa amarelada de consistência amanteigada, possuindo de 5% a 30% de óleo, podendo pesar até um quilo (Oliveira et al, 2010).
O abacateiro possui estágio sucessional pioneira, tendo como preferência climas marítimos, sem diferenças acentuadas entre as estações do ano, com invernos suaves, verões relativamente frescos, ligeira a alta umidade do ar e com ausência de geadas.Temperaturas extremas podem resultar em baixa produtividade e às vezes até mesmo em graves danos na copa do abacateiro (Bergh, 1976). A forma de propagação é feita por meio de mudas de enxertia (enxertia do tipo garfagem no topo em fenda cheia, usualmente em porta-enxertos da raça antilhada), pois começam a produzir a partir de três anos após transplantadas (Duarte, 2021). Possui preferência por solos profundos, bem drenados, pois suas raízes podem chegar até 6,0 metros de profundidade e concentra a maior parte na camada de 0 a 100 cm (Ribeiro et al., 2022). Sugere-se a realização de podas para facilitar no momento da colheita, e poderá aumentar também sua produtividade (Duarte, 2021). Sendo largamente cultivado em virtude de seu valor nutritivo (Duarte, 1998).
Possui como grande valor econômico o fruto, tendo grande importância dentre a fruticultura graças a qualidade de seus frutos, contendo 11 vitaminas, e 17 minerais, e um alto teor de potássio. Sua polpa é utilizada no preparo de purê, queijo, polpa para sorvete etc. Suas folhas são muito empregadas na medicina popular (Silva, 2003). No processamento industrial do abacate é utilizado o óleo, onde o mesmo é utilizado em produtos de beleza, sabões e produtos terapêuticos (Duarte, 1998).
Amado, D. A. V. (2016). Atividades antioxidante, antibacteriana, teor de tocoferóis e ácidos graxos em diferentes variedades de abacate (Master's thesis, Universidade Tecnológica Federal do Paraná).
Bauab, T. (2013). Caracterização das propriedades estruturais, reológicas e termoanalíticas do amido da semente de abacate (Persea americana, Mill) modificado por via oxidativa.
Duarte, A. (2021). Manual de Boas Práticas de Fruticultura-Abacateiro. Revista Frutas, Legumes e Flores, em parceria com INIAV, IP (Estação Nacional de Fruticultura Vieira Natividade) e COTR, 12, 109-121.
Duarte, O. R. (1998). A cultura do abacateiro.
de Morais Oliveira, I. V., Costa, R. S., Môro, F. V., Martins, A. B. G., & Da Silva, R. R. S. (2010). Caracterização morfológica do fruto, da semente e desenvolvimento pós-seminal do abacateiro. Comunicata Scientiae, 1(1), 69-69.
Oliveira, I. V. D. M. (2006). Propagação e diferenciação floral do abacateiro.
Pereira, P. A. (2015). Evolução da produção mundial e nacional de abacate.