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Outros nomes populares: açaí-do-Pará, açaí-de-touceira, açaí-de-planta e açaí-verdadeiro (Oliveira et al, 2017).
Ordem: Arecales (Laurindo et al, 2023)
Família: Arecaceae (Laurindo et al, 2023)
Origem: Brasil (nativa da bacia do rio Amazonas) (Laurindo et al, 2023)
Características principais: Podem chegar a possuir estipes de 3 a 20 metros de altura e 7 a 18 cm de diâmetro, podendo produzir 120 kg de frutos por ano ou até mais em sistemas de manejo. Cerca de 7% a 25% dos frutos do açaí são comestíveis (epicarpo e mesocarpo), (Oliveira; Schwarz 2018). Embora tenha sido cultivado em terreno indígena por milhares de anos como planta alimentar, sua recente introdução em regiões fora de sua origem expandiu rapidamente, demandando grande procura por seus frutos, tornando o Brasil importante produtor e exportador dessa espécie (Laurindo et al, 2023).
Tronco:. Possui estipe liso, cilíndrico, anelado, ereto e, às vezes, encurvado, fibroso e sem ramificações (Oliveira et al, 2017).
Casca: Fibrosa possuindo algumas cicatrizes deixadas pelas folhas que já caíram.
Folha: São compostas, pinadas com arranjo espiralado de 40 a 80 pares de folíolos (Oliveira; Schwartz 2018), dispostas em forma de espiral e com 3,5 m de comprimento. Possuem coloração verde oliva, que envolve o estipe, com pecíolos de 20 a 40 cm de comprimento e limbos distintos, além de um pronunciado eixo central, contendo 70 a 80 pares de folíolos, opostos ou sobrepostos e inseridos em intervalos regulares (Oliveira et al, 2017).
Flor: São estaminadas, com três sépalas, ovaladas e imbricadas com cálice claro, três pétalas ovais com corola violácea, seis estames livres e curtos e de coloração clara, anteras ditecas, dorsifixas, de deiscência longitudinal e de coloração violácea (Oliveira, 2002).
Semente: Possui envoltório fibroso, endocarpo duro e embrião diminuto, com endosperma abundante e ruminado, recalcitrante, e pode-se encontrar mais de um embrião no fruto (Oliveira, 2002).
Fruto: Possui cacho variando de 3 a 8 por estipe em diferentes estágios de desenvolvimento. Constituído por centenas de frutos tipo drupa globosa com leve depressão, verde-brilhante quando imaturo e violáceo quando maduro. Possui mesocarpo fino, com coloração variável e parte comestível, tendo epicarpo indistinto, e a maior parte é o endocarpo (Oliveira et al, 2017).
O açaí é uma espécie pioneira, que sobrevive a períodos de inundação, sendo uma característica que os torna bastante competitivos e provavelmente dominantes em algumas áreas. É uma espécie de crescimento lento, típico de floresta madura, necessita de muita umidade, baixa exigência de luz, mesmo para desenvolvimento das plântulas (Nascimento, 2008). A dispersão de sementes pode ser feita por aves em médio a grande porte, roedores e mesmo pela água quando o local do plantio for suscetível às enchentes. Podendo ser propagada de forma assexuada através da retirada de perfilhos que surgem de forma espontânea na base da touceira. Pode ser realizado plantio em terra firme, aproveitando áreas já utilizadas, em processo de degradação ou não, de modo a torná-las novamente produtivas, evitando a utilização de áreas virgens ou de vegetação secundária em recuperação (Nascimento, 2008).
A potência socioeconômica do açaizeiro decorre do potencial sobre o aproveitamento integral da matéria-prima e por estar associado à agricultura familiar agroextrativista no paisagismo. É utilizado de inúmeras formas: planta ornamental no paisagismo; construção rustica de casas e pontes; coberturas de moradias na área rural; remédio-vermífugo e anti diarreico; produção de celulose; alimentação utilizando-se a polpa processada e palmito; confecção de biojóias; ração animal; adubo orgânico; dentre outros (Mendonça; Bianchi, 2014). Na região Norte, o euterpe oleracea, possui em destaque o aproveitamento econômico dos frutos e do palmito (Oliveira et al., 2017).
de Oliveira, M. D. S., & Schwartz, G. (2018). Açaí—Euterpe oleracea. In Exotic fruits (pp. 1-5). Academic Press.
Laurindo, L. F., Barbalho, S. M., Araújo, A. C., Guiguer, E. L., Mondal, A., Bachtel, G., & Bishayee, A. (2023). Açaí (Euterpe oleracea Mart.) in health and disease: A critical review. Nutrients, 15(4), 989.
Mendonça, V. C. M., & Del Bianchi, V. L. (2014). Agronegócio do açaí (Euterpe Oleracea Mart.) no município de Pinheiro-MA. Revista Sodebras, 62-65.
Nascimento. W. M. O. (2018) oleracea Mart, E. Usos da espécie.
Oliveira, M. S. P. (2002). Biologia floral do açaizeiro em Belém. PA. Belém. Belém: Embrapa Amazônia Oriental.
Oliveira M. S. P., & Neto J. T. F., & Mattietto R. A.,& Mochiutti S., & Carvalho A. V.(2017) Açaí Euterpe oleracea.. P. 6.
Oliveira, M. (2002). Biologia floral do açaizeiro em Belém, PA. Embrapa Amazônia Oriental. Boletim de pesquisa e desenvolvimento.