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Outros nomes: Árvore-copal, castanheiro-de-bugre, jatí, óleo-de-jataí, burandá, courbaril, farinheira, imbiúva, jataí, jataí-açu, jataí-amarelo, jataí-ibá, jataí-peba, jataí-roxo, jataí-vermelho, jataíba, jataicica, jatobá-amarelo, jatobá-de-anta, jatobá-da-caatinga, jatobá-do-sertão, jatobazinho, quebra-facão, jatobá-da-mata, jatobá-de-porco, jatobá-de-vaqueiro, jatobá-mirim, jatobá-miúdo, jatobá-roxo, jitaí, jutaí-açu, jutaí-de-envira; jutaí-mirim, jutaí-pororoca, jutaúba (Carvalho, 2023; Coradin et al, 2022).
Ordem: Fabales (Carvalho, 2023; Coradin et al, 2022).
Família: Caesalpiniaceae (Leguminosae Caesalpinioideae) (Carvalho, 2023; Coradin et al, 2022).
Origem: Ocorre de forma natural na Argentina, Bolívia, Paraguai e Brasil (Carvalho, 2023; Coradin et al, 2022).
Características principais: A espécie Hymenaea courbaril var. stilbocarpa é semicaducifólia, a altura varia entre 8 a 15 m de altura, com DAP de 40 a 80 cm. Apresenta uma copa grande e arredondada, seu fruto é comestível. A Hymenaea courbaril var. stilbocarpa ocorre naturalmente em solos secos, às vezes, até em solos que apresentam baixa fertilidade (Carvalho, 2023; Coradin et al, 2022).
Tronco: Reto, cilíndrico. Fuste com até 15 m de altura (Carvalho, 2023).
Casca: A casca interna tem coloração rosada e exsuda resina cor de vinho. A casca externa possui coloração cinza-clara, quase lisa a áspera, com pequenos sulcos superficiais. Sua espessura é de até 10 mm (Carvalho, 2023).
Folha: Folhas compostas, alternas, aspecto coriáceas, com dois folíolos brilhantes, com bases desiguais, de 6 a 14 cm de comprimento e 3 a 5 cm de largura (Carvalho, 2023).
Flor: As flores possuem coloração que varia de branco a bege e apresentam inflorescências racemosas terminais, com uma média de 14 flores (Carvalho, 2023).
Fruto: O fruto possui formato de vagem lenhosa, dura, meia cilíndrica, indeiscente, meia comprimida, com coloração marrom-brilhante, revestida internamente por polpa carnosa, farinácea, comestível e de cheiro adocicado característico. O tamanho do fruto mede entre 9 a 17 cm de comprimento e entre 4 a 5,5 cm de largura, possui de 2 a 8 sementes. O peso dos frutos fica entre 42 a 107 g (Carvalho, 2023).
Semente: A semente é de coloração vinho, ovalada, com 2 cm de diâmetro (Carvalho, 2023).
A espécie Hymenaea courbaril var. stilbocarpa (jatobá) não tolera baixa temperatura, é uma espécie semi-heliófila que pode ser plantada desde as bordas, clareiras até fechamento de dossel. Necessita-se realizar podas periódicas: de condução e de galhos, para apresentar a definição do fuste. A espécie do jatobá pode ser plantada em plantio puro, a pleno sol e sob espaçamento denso. Em sistemas agroflorestais recomenda-se para o plantio silvopastoril, para arborização da pastagem. Recomenda a utilização como quebra-vento, em plantios a espécie apresenta grande heterogeneidade no crescimento em altura das plantas. É uma espécie que apresenta crescimento moderado a lento, com um incremento volumétrico de 10 m3 .ha-1.ano-1, para utilização da madeira estima-se uma rotação de 30 a 60 anos de produção (Carvalho, 2023).
Os frutos do jatobá são comestíveis utilizados na alimentação humana e animal. Na medicina popular é utilizado sua resina, casca, raízes e polpa, atuando como antibiótico, vermífugo , estomáquico e antidiarreico. É uma espécie utilizada em paisagismo, para arborização de praças, estradas e parques. Sendo uma espécie utilizada para o reflorestamento de áreas ambientais, por seus frutos serem bem atrativos para animais silvestres. A madeira do jatobá é densa, apresenta média alta resistência aos ataques de organismos xilofagos. A madeira serrada ou roliça é utilizada na construção civil, construções externas, e movelaria em geral devido apresentar uma trabalhabilidade moderadamente fácil (Carvalho, 2023; Coradin et al, 2022).
CARVALHO, P. E. R. Jatobá Hymenaea courbaril var. stilbocarpa. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo: Embrapa Florestas, 2003. V. 1, p. 599-607. Disponível em: https://www.bdpa.cnptia.embrapa.br/consulta/busca?b=ad&id=1140090&biblioteca=vazio&busca=1140090&qFacets=1140090&sort=&paginacao=t&paginaAtual=1
CORADIN, L. ; CAMILLO, J. ; VIEIRA, I. C. G. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região Norte. Brasília, DF: MMA, 2022. (Série Biodiversidade; 53). 1452p. Disponível em: <https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/biodiversidade/manejo-euso-sustentavel/flora>. Acesso em: 05 de out. 2023.