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Outros nomes populares: arendeúva; arendiuva; arindeúva; aroeira (Carvalho, 2003).
Ordem: Sapindales (Carvalho, 2003).
Família: Anacardiaceae (Carvalho, 2003).
Origem: Nativa do Brasil (Carvalho, 2003).
Características principais: É uma uma espécie caducifólia podendo atingir de 5 a 20 metros de altura. Ocorre naturalmente em solos de origem arenítica e textura arenosa ou argilosa, e sua presença é rara em solos profundos de terra-roxa (Nitossolo) ou terrenos de baixadas úmidas. Possui crescimento de lento a moderado (Carvalho, 2003).
Tronco: Geralmente tortuoso e curto (Carvalho, 2003).
Casca: É áspera, suberosa, sulcada, subdividida em placas escamiformes aproximadamente retangulares nas árvores adultas; nas árvores jovens, a casca é lisa, cinzenta e coberta por lenticelas (Carvalho, 2003).
Folha: Composta, imparipinada de inserção alterna com 5 a 7 pares de folíolos opostos, ovados, que quando macerados exalam forte odor de terebintina (Carvalho, 2003).
Flor: Masculinas, sésseis, pequenas, de coloração púrpura; hermafroditas (Carvalho, 2003).
Semente: Piriforme, orbicular, com tegumento membranáceo, de cor marrom tendendo para preto (Carvalho, 2003).
Fruto: Drupa globosa, preto com cálice persistente, formando uma espécie de estrela (Carvalho, 2003).
A aroeira verdadeira é classificada como uma espécie clímax exigente de luz, porém pode também se comportar como secundária inicial e secundária tardia, possuindo crescimento lento. É uma espécie heliófila medianamente tolerante às baixas temperaturas, e resistente à seca, mas sofre com a falta de umidade no solo, que seca as pontas dos galhos, prejudicando apenas sua forma estrutural. Sua principal forma de dispersão de sementes são pelos ventos, o que é favorecida devido ao tamanho das mesmas. Em seus sistemas de plantios, é recomendado o consórcio junto a espécies pioneiras de crescimento rápido (Oliveira, 2015) (Carvalho, 2003).
A madeira de aroeira verdadeira é indicada para construções externas, como pontes, postes, curral, e na construção civil, como vigas, caibros, ripas, entre outros. A madeira também possui uma grande utilização em mourões para cerca, que apresentam uma duração média de 25 anos. Sua casca fornece resinas, e contém até 17% de tanino usado no curtimento de couros. Na medicina popular as cascas, folhas e raízes são utilizadas para tratamentos das doenças respiratórias, urinárias, tendo também efeito antiinflamatório e cicatrizante. No paisagismo, é recomendada como árvore ornamental em arborização de ruas e praças, por fornecer sombra. (Carvalho, 2003)
Oliveira, F. P. D. (2015). Ecologia da monodominância de aroeira (Myracrodruon urundeuva Fr. All.) em floresta tropical estacional no médio Rio Doce, MG.
Carvalho P. E. R. (2033). Espécies arbóreas Brasileiras. p. 181.