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Outros nomes populares: Ingá, ingá-feijão (Lorenzi 2014).
Ordem: Fabales (Lorenzi 2014).
Família: Fabaceae e subfamília mimosaceae (Calderon et al., 2010).
Origem: Região Amazônica e mais encontrado em matas ciliares (Lorenzi 2014).
Características principais: O Ingá do cerrado é distribuído desde o sudeste da Costa Rica até a Amazônia brasileira, e em algumas áreas centrais e regiões costeiras (Calderon et al., 2010). Na floresta seus frutos são consumidos principalmente pela população de primatas amazônicos, que a torna uma espécie muito importante, com isso ajudam com a dispersão de suas sementes. Possui grande adaptação em solos alagados (Oliveira 2020).
Tronco: Ereto e cilíndrico, com casca fina, rugosa e com descamamento em placas pequenas (Lorenzi 2014).
Folha: Alternas, compostas pinadas, com folíolos opostos (Lorenzi 2014).
Flor: Flores sésseis de cor esbranquiçada (Lorenzi 2014).
Sementes: Envolvidas por arilo branco e muito adocicado (Lorenzi 2014).
Fruto: É um legume indeiscente, ereto, glabro, achatado de início e depois torna-se bastante engrossado devido ao espaço ocupado pela sementes (Lorenzi 2014).
Espécie pioneira (Lorenzi 2014) que possui grande adaptação a solos drenados, encharcados e inundados, sendo muito importante sua presença em margens de rios, com grande importância para recuperação de mata ciliar por apresentar rápido crescimento. E por ser uma espécie com grande importância para alimentação da fauna, auxilia na manutenção da comunidade de animais. O ingá-feijão contribui também para maior estabilidade do solo, diminuindo impactos ambientais causados pela construção de grandes barragem e assoreamento de rios devido a sua frequente ocorrência nessas regiões (Oliveira 2020).
Seu grande potencial econômico é no reflorestamento, produção de energia através de sua madeira, na alimentação a partir de seus frutos e arborização urbana. Podendo também contribuir com a fixação de nitrogênio e ajudando no crescimento de outras espécies, como a infiltração de águas nas raízes de café, que foi comprovada através de estudos (Godoi et al.,2019). Suas folhas possuem benéficos na medicina, por possuir flavonóides e polifenóis, que ajudam nos tratamentos antifúngicos e na atividade antioxidante (Oliveira 2020).
Calderon, L. A., Almeida Filho, H. A., Teles, R. C., Medrano, F. J., Bloch Jr, C., Santoro, M. M., & Freitas, S. M. (2010). Purification and structural stability of a trypsin inhibitor from Amazon Inga cylindrica [Vell.] Mart. seeds. Brazilian Journal of Plant Physiology, 22, 73-79.
Oliveira, T. C. S. D. (2020). RESPOSTAS MORFOANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS DE Inga cylindrica (VELL.) MART. A INUNDAÇÕES SIMULADAS.
Grandis, A.; Godoi, S.; Buckeridge, M.S. Respostas fisiológicas de plantas amazônicas de regiões alagadas às mudanças climáticas globais. Revista Brasileira de Botânica, v. 33, n. 1, p. 1-12, 2019
Lorenzi H (2014). Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas no Brasil. 4. ed. Instituto Plantarum, Nova Odessa, 161 pp.